João Cotrim de Figueiredo acha que a AD deveria ter uma “sensibilidade particular” em relação às empresas – mas os debates não mostraram isso.
O cabeça de lista da Iniciativa Liberal às eleições europeias acusou hoje o candidato da AD Sebastião Bugalho de “não perceber o suficiente de economia” para poder ajudar o setor empresarial.
“Eu olho para as restantes candidaturas e não vejo ninguém a falar em nome das empresas, nem a AD, que deveria ter uma sensibilidade particular para estes temas, vejo a tratar disto, aliás, nos debates foi claro que Sebastião Bugalho não percebe de economia o suficiente para poder ajudar estas empresas”, afirmou João Cotrim de Figueiredo no final de uma visita à fábrica DRT Moldes, em Leiria.
Segundo o cabeça de lista da IL, Bugalho “não tem capacidade para discutir temas económicos”, o que é grave porque é o representante de um partido que “deveria ter mais sensibilidade para estas matérias”.
Para o dirigente liberal, não há qualquer candidatura, à exceção da IL, com capacidade para ser porta-voz das preocupações das empresas e “muito menos de ser capaz de contribuir para soluções”.
“Alguém, nesta eleição europeia, tem de estar do lado destas empresas que fazem andar a economia em Portugal e que muito beneficiariam se a economia europeia também andasse”, considerou.
As empresas em Portugal, que teriam “muito a ganhar” se a Europa tivesse uma estratégia industrial de crescimento, “precisam de alguém” que entenda as suas dificuldades específicas, frisou Cotrim de Figueiredo.
“É importante que a voz de quem tem conhecimento concreto do que é que a economia precisa esteja presente no Parlamento Europeu”, ressalvou.
Na sua opinião, é fundamental que as empresas portuguesas beneficiem de uma Europa que volte a pôr o crescimento em primeiro lugar.
João Cotrim de Figueiredo salientou que não basta ter noções genéricas de como é que funciona uma economia e uma empresa, sendo preciso entender que a legislação feita por quem não entende a economia e por quem não consegue discutir os temas economicamente mais relevantes não vai produzir os resultados necessários.
// Lusa