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Costa reuniu com os três grandes. Regresso do desporto rei em cima da mesa

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António Cotrim / Lusa

Depois de reunir com os presidentes dos três grandes, O primeiro-ministro salientou que a retoma das competições de futebol terá de ser sustentada “em fundamentos técnicos de saúde” por causa da covid-19, avisando que não se poderão correr riscos que coloquem em causa atletas e adeptos.

Esta mensagem foi transmitida por António Costa na sua conta de Instagram, depois de ter recebido em São Bento os presidentes da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, do Sporting, Frederico Varandas, do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, e do Benfica, Luís Filipe Vieira.

Segundo o primeiro-ministro, nesta reunião, em que foram analisadas as condições para um regresso das competições de futebol, houve “uma discussão franca e aberta“.

“A retoma das competições de futebol, quando for decidida, terá de ser sustentada em fundamentos técnicos de saúde. Não podemos correr riscos que ponham em causa a saúde nem dos atletas nem dos adeptos”, advertiu o líder do executivo.

Na sua mensagem, o primeiro-ministro fez também uma referência à importância do futebol na sociedade portuguesa. “O futebol, quer queiramos quer não, é mesmo o desporto rei. A vontade que sentimos de voltar a assistir ao vivo a um jogo de futebol e de vibrarmos com os golos da nossa seleção é imensa. Sendo essa, acredito, a nossa vontade coletiva, essa decisão não pode ser emocional nem tomada de impulso”, insistiu.

Distanciamento social e equipamentos de proteção

A reunião, teve como tema central a “análise aos termos em que pode ser efetuada a retoma dos campeonatos profissionais e o levantamento de restrições”

No que se refere ao regresso das competições de futebol profissional, a Liga defende que os clubes deve garantir a higienização nos estádios após a retoma das competições e que à FPF cabe a responsabilidade por testes à covid-19 nas equipas de arbitragem.

Num esboço sobre a retoma progressiva à competição elaborado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), a que a agência Lusa teve acesso, refere-se que o regresso da I e II Liga estará sempre “dependente das indicações das entidades oficiais”, prevendo-se também um conjunto de regras que os clubes devem cumprir, como a higienização de “todos os espaços” e a disponibilização de desinfetante nos balneários.

Quanto à segurança ao jogo, o documento prevê que os efetivos da segurança pública e da segurança privada a circularem na zona técnica seja “em número reduzido”, mantendo o distanciamento social e uso obrigatório de máscara ou viseira.

Durante os jogos, as tribunas presidenciais deverão ter um número máximo de cinco elementos, “com distanciamento social e uso de equipamento de proteção, nomeadamente máscaras, luvas e desinfetantes”.

Também os apanha-bolas devem estar munidos de máscara e manter uma distância mínima entre si, devendo desinfetar as mãos antes, ao intervalo e no final do jogo.

As bolas que saem do estádio apenas podem ser utilizadas depois de desinfetadas.

Desta reunião não saíram decisões concretas, mas o Observador que as equipas portuguesas deverão mesmo disputar as dez jornadas em falta para terminar o campeonato. Já as restantes modalidades de pavilhão deverão terminar desde já a época sem atribuição de título, à semelhança do que aconteceu com o futsal, escreve o jornal.

A SIC Notícias avança que a decisão sobre o regresso do futebol e das outras modalidades poderá ser conhecida ainda esta quinta-feira.

A principal prova do calendário nacional, cuja ronda 24 terminou em 8 de março, não tem, para já, data de regresso, sendo que está suspensa indefinidamente. Já a 24.ª jornada da II Liga terminou em 9 de março e desde então a prova também está suspensa.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Nesta situação, GRANDE só se for a discriminação dos outros intervenientes, porque se houver jogo o risco é o mesmo para todos os jogadores em campo sejam de que equipa for. Mas mais uma vez o poder político se mostra fraco e parcial com os” outros poderes”.
    Já que os outros não contam, podiam fazer um campeonato só a 3 havendo assim um jogo emocionante todas as semanas até o fastio fazer notar a falta que os desconsiderados fazem

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