António Costa correu oito concelhos do Norte, em missão de campanha eleitoral. A “bazuca” europeia é usada como arma política, assim como a gestão da pandemia.
A pandemia era um ponto de inflexão para as eleições autárquicas que se aproximam. Tudo dependia do estado de espírito dos portugueses e de como estivesse a correr o combate ao coronavírus. Ao que tudo indica, o balanço é positivo e o sentimento em relação a António Costa e companhia é de aprovação.
A pandemia é uma arma nestas eleições, escreve o Expresso, e a bala que os autarcas têm é uma “bazuca” carregada de milhões europeus.
“Uma palavra especial para o homem que nos ajudou a combater a pandemia de covid-19”, dizia Manuel Pizarro, líder da distrital do Porto, anunciando o primeiro-ministro a cada paragem desta campanha eleitoral. “Parece estar em todo o lado”.
Este domingo, António Costa foi quase omnipresente, estando em oito concelhos diferentes: Marco de Canaveses, Valongo, Matosinhos, Paredes, Gondomar, Vila Nova de Gaia, Penafiel e Maia.
A paragem em Valongo foi curta, com a ideia de agradecer uma regueifa de 5kg que os padeiros da terra lhe deram por não terem parado de trabalhar durante a pandemia.
“Vivemos meses e meses em estado de emergência, mas com elevada paz social”, disse Costa, realçando os “94% de pessoas que os profissionais de saúde conseguiram recuperar”.
O primeiro-ministro português enalteceu ainda a adesão dos portugueses ao processo de vacinação. “Como é possível que no nosso país esta questão nunca se tenha colocado, de ser obrigatório? Porque todos sentiram, que era seu dever cívico. É motivo de orgulhos sermos portugueses”, sublinhou.
O animal que é esta pandemia foi, aparentemente, domado. E os candidatos autárquicos não se comediram em usar este argumento como arma discursiva, realça o Expresso.
Nos discursos que António Costa tem feito, tem falado “dos tempos muito difíceis”. “Depois de anos e anos a falarem do caos do SNS, quando apertou mesmo, foi com o SNS que as portuguesas e os portugueses puderam contar”, atirou.
Aproveitando a presença do chefe do Governo, a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, fez-lhe “um pesado caderno de encargos” durante o seu discurso. “Ainda bem que não trouxe carteira”, disse-lhe Costa em tom de brincadeira.
“Senhor secretário-geral, diga ao primeiro-ministro que se prepare. Eu ouvi o que disse, que preparássemos os projetos, e tenho uma gaveta cheia deles”, disse a candidata socialista. “Dê-lhe este recado”.
Usa a bazuca como se fosse obra dele… raios e coriscos. Nunca mais nos livramos disto…
Continuo na minha a da “vaca que voa” era mais pura. Da bazooka ainda não apareceu nem uma fisga! A continuar assim, breve estará aí a Troika.