António Costa canta vitória nas eleições autárquicas, apesar de ainda não se conhecerem os resultados finais de Lisboa, Sintra e Loures. Para o secretário-geral socialista, não há dúvida de que o “PS continua a ser o maior partido autárquico nacional”, mas assume que perder Lisboa “seria uma tristeza particular”.
Na qualidade de secretário-geral do PS e na reacção aos resultados das eleições autárquicas, António Costa quis destacar que os eleitores “renovaram a confiança no PS atribuindo-lhe uma vitória nesta noite“.
Numa altura em que ainda não se conhecem os resultados finais de Lisboa, Sintra e Loures, Costa salientou que já se pode dizer “com confiança que o PS continua a ser o maior partido autárquico nacional, tendo três vitórias consecutivas em eleições autárquicas, quer no número de Câmaras, quer no número de freguesias”.
Costa realçou que o PS já tem “150 presidências de Câmara” e vincou que esta é apenas a segunda vez que um partido consegue uma série de três vitórias seguidas.
“Ainda que perdêssemos as três câmaras por apurar, o PS continua a ser o maior partido autárquico”, insistiu Costa.
Perder Lisboa seria uma “tristeza particular”
Numa altura em que a contagem de votos ainda prosseguia em Lisboa, com muitas dúvidas se ganhará Medina ou Moedas, Costa assumiu que seria uma “tristeza particular” perder a autarquia da capital para o PSD.
Mas “não me dói a cabeça”, salientou, embora admitindo que “uma eventual derrota em Lisboa penaliza qualquer partido“.
“Tenho muito orgulho de, em 2007, ter reconquistado para o PS e seria uma tristeza particular se o PS não a mantiver”, vincou ainda.
“Não ganhamos em todos os municípios, nem em todas as freguesias”, realçou também, salientando que houve “subidas assinaláveis“, mas também “derrotas inesperadas, ou vitórias com que não contávamos”.
Sobre Lisboa, Costa também fez questão de realçar que os votos perdidos pelo PS “não fortaleceram a coligação de direita, fortaleceram sim a CDU“.
Costa assume frustração com “derrota inesperada”
António Costa assumiu entretanto frustração com a “derrota inesperada” do socialista Fernando Medina na sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa e desejou felicidades ao vencedor, Carlos Moedas.
Em declarações aos jornalistas, no Pátio da Galé, em Lisboa, onde foi cumprimentar Fernando Medina, António Costa considerou que o presidente cessante da Câmara Municipal de Lisboa assumiu “com total dignidade e frontalidade” a sua derrota nas eleições autárquicas de domingo.
António Costa lamentou o resultado obtido pela coligação entre o PS e o partido Livre em Lisboa, observando: “Como toda a gente sabe, foi uma derrota inesperada, não havia nenhum indicador que apontasse para este resultado, mas a democracia é mesmo assim”.
No seu entender, “há uma coisa que é clara, foi a vontade dos lisboetas, os lisboetas quiseram mudar“.
“Se sinto frustração, claro que sim, é evidente que sim, isso é indiscutível“, afirmou o secretário-geral do PS e primeiro-ministro – que presidiu à Câmara Municipal de Lisboa entre 2007 e 2015, quando deixou a governação do executivo autárquico a Fernando Medina, até então seu vice-presidente.
O secretário-geral do PS desejou ao social-democrata Carlos Moedas, que encabeçou uma coligação entre PSD, CDS-PP, Aliança, MPT e PPM, “as maiores felicidades e sucessos na governação desta cidade, que é uma cidade maravilhosa“, mostrando-se convicto de que “seguramente fará também o seu melhor para cuidar dela e tratar do seu desenvolvimento e cuidar dos lisboetas”.
António Costa remeteu para os analistas a identificação das causas dos resultados em Lisboa e, questionado sobre as suas implicações para o país, retorquiu que a nível nacional “o resultado é muito claro, o PS teve uma vitória claríssima nestas eleições a nível nacional”.
ZAP // Lusa