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Atirar tinta, não: António Costa prefere o PRR para combater as alterações climáticas

José Sena Goulão / LUSA

O primeiro-ministro, António Costa

Comparação com o momento que envolveu Duarte Cordeiro. Primeiro-ministro destaca percentagem das verbas destinadas ao clima.

A conferência da CNN sobre transição energética, na manhã desta terça-feira, tinha começado há pouco quando uma manifestação de activistas climáticos marcou o evento.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, começou a falar mas foi logo atacado por três jovens, que atiraram tinta verde na sua direcção.

Duarte Cordeiro manteve-se calmo e, minutos depois, reagiu: “A intolerância não é caminho para lado nenhum”.

À noite, o primeiro-ministro também reagiu quando estava a falar na Sessão de Apresentação da Reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Nós passamos a ter um PRR onde 41,2% das verbas são alocadas ao combate às alterações climáticas. E, permitam-me um aparte: é uma forma bastante mais eficiente de combater as alterações climáticas do que atirar bolas de tinta verde a qualquer ministro“, comentou o primeiro-ministro.

Costa vê no PRR um “instrumento de verdadeira transformação estrutural” sobretudo em três sectores: alterações climáticas, área social e investimento em qualificações e inovação.

O primeiro-ministro sublinhou o reforço nas qualificações e inovação; e o investimento em creches, em equipamento para idosos e no apoio domiciliário. As áreas da deficiência e investimento em habitação ou na renovação das escolas também foram mencionadas.

A ideia é fazer um “investimento coerente” com a estratégia da descentralização para os municípios.

A reprogramação do PRR aumentou o valor do plano para 22.2 mil milhões de euros – recorde-se que o valor inicial era de 16.6 mil milhões de euros.

Segundo António Costa, os investimentos associados ao PRR vão acrescentar 8 mil milhões de euros de volume de negócios à economia portuguesa a partir de 2026 e vão criar 18 mil postos de trabalho.

“Há transformações que vão mesmo fazer mudar o país“, acredita o primeiro-ministro.

ZAP //

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