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Ministro do Ambiente atacado com tinta durante conferência

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Nuno Veiga / LUSA

O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro

Duarte Cordeiro atacado em Lisboa por três ativistas climáticas. Ministro já reagiu: “A intolerância não é caminho para lado nenhum”.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, foi hoje atacado com tinta verde por três jovens ativistas climáticas, em Lisboa, durante uma conferência da CNN sobre transição energética em que participam as empresas Galp e EDP.

Poucos minutos após o início da conferência, quando o ministro do Ambiente tomou a palavra, as três jovens dirigiram-se ao palco e atiraram tinta verde que atingiu Duarte Cordeiro na roupa, enquanto gritavam frases de contestação ao Governo.

“O Governo provou que não quer saber da transição climática ao fazer conferências com a EDP e a GALP”, “Este vai ser o último inverno de gás”, “Não permitimos que vendam o nosso futuro” e ” A Galp e a EDP não querem saber da transição justa”, foram algumas das frases que as jovens gritaram.

As ativistas foram, entretanto, retiradas da sala e a conferência foi interrompida para o ministro trocar de roupa e a sala ser limpa.

Minutos depois, o ministro reagiu, na própria conferência: “A intolerância nem faz as outras pessoas estarem mais despertas e atentas para os nossos argumentos, nem pode ser utilizada para calar os outros, nem muito menos intimidar quem exerce funções públicas, tenha a opinião que tiver”.

A intolerância não é caminho para lado nenhum. Nós devemos rejeitar a tolerância e não nos devemos deixar intimidar – e esta é uma posição de princípio que qualquer membro do Governo deve ter, perante estes ou qualquer outro manifestante que, talvez, não tenha noção da forma intrusiva com que se manifesta e tenta bloquear a posição dos outros. São comportamentos que devemos considerar inaceitáveis“, avisou.

Por outro lado, Duarte Cordeiro reforçou que “é preciso saber distinguir” estes manifestantes de outros que têm outro tipo de comportamentos. Por esses, o ministro tem “enorme respeito”.

Maratona de Berlim

Esta ação surge apenas dois dias depois de a Maratona de Berlim ter sido marcada por uma manifestação semelhante.

No domingo passado, a prova na capital da Alemanha foi invadida por ativistas ambientais.

Antes do início da corrida, os manifestantes também lançaram tinta e, além disso, deitaram-se na estrada.

Este grupo de ativistas, conhecido como Última Geração, avisa que o mundo está numa situação de emergência e que os políticos têm de agir.

// Lusa

9 Comments

  1. Não gosto do “gajo” mas gostava de ver muitos destes manifestantes que nada fizeram ou fazem na vida viverem sem eletricidade, gás ou água…
    No caso do gás a alternativa é madeira já que não se pode queimar carvão… mas poderiamos abater arvores???

    vejo alguns destes ativistas que tem tudo por isso esquecem-se que as coisas vem de algum lado. o pais não tem autosuficiencia de eletricidade mas depois não pode fazer barragens, não pode criar campos solares…

    Queremos carros eletricos mas depois não podemos extrair litio….

    tudo tem um custo e o importante mesmo é garantir que o beneficio ambiental é superior ao seu custo.
    Lembro que o ambiente não tem fronteiras e de nada serve interditar tudo em portugal quando depois compramos as coisas ao exterior tendo sido a poluição criada nesses paises produtores…

  2. O fabrico de Tintas , não é , digamos , muito “Ecológico” . Portanto já ai há contradição na Ideologia Ecológica que estes garotos pretendem defender e bem , mas se fosse maculado com matéria orgânica natural , ainda eram credíveis , assim não passam de simples “Poluidores” !

  3. Têm muita razão, mas duas chapadas a cada uma não ficava nada mal. De seguida iam a pé e descalças para casa para não deixarem pegada.

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