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Nem Costa, nem Merkel. Ninguém quer voltar a confinar

Primeiro-ministro António Costa com a chanceler alemã Angela Merkel

São vários os países europeus a registar um aumento do nível de novos casos de infeção por covid-19, mas também são muitos aqueles que querem evitar novos confinamentos.

A curva achatou em vários países europeus, mas o número de novos casos de infeção por covid-19 voltou a aumentar, motivando os Governos a apertar as restrições. No entanto, avança o ECO, são muitos os líderes que querem evitar um novo confinamento. A principal razão? O receio de que a economia não consiga resistir.

António Costa é um dos líderes que partilha desta opinião. O primeiro-ministro português avisou que, quando chegar o outono e o inverno, não vai ser possível repetir a “capacidade de resposta” que houve em março.

Isto significa que “o ano letivo não pode decorrer com as escolas totalmente encerradas” e que “não podemos voltar a encerrar empresas porque isso significa milhares de postos de trabalho em risco”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, também já afastou um novo confinamento, afirmando que “não podemos fechar o país porque os danos colaterais do confinamento são consideráveis”. Macron admite, ainda assim, a contenção de determinadas áreas “se a situação o exigir”, indicando a sua preferência por “estratégias muito localizadas“.

Angela Merkel também defendeu uma atuação coordenada para que não se avance para um novo confinamento. “Politicamente, queremos evitar fechar as fronteiras novamente a qualquer custo, mas tal parte do princípio de que agiremos em coordenação”, disse.

A economia europeia recuperou, mas, em agosto, a tendência inverteu-se: o ECO aponta que o indicador que mede a atividade da indústria e dos serviços, o PMI compósito, para a Zona Euro baixou de 54,9 pontos em julho para 51,6 pontos em agosto.

Nos Estados Unidos, Donald Trump também se mostra contra maiores restrições. No início deste mês, o Presidente norte-americano disse que um confinamento iria fazer mais mal do que bem.

“Um confinamento permanente não é um caminho viável para produzir o resultado desejado ou certamente não é um caminho viável para a frente e acabaria por infligir mais danos do que prevenir”, afirmou, citado pela CNBC.

ZAP //

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