O primeiro-ministro assegurou hoje que Portugal vai ceder às Forças Armadas ucranianas tanques Leopard 2A6 e adiantou que está neste momento em curso uma operação logística com a Alemanha para recuperação de alguns carros de combate.
Esta decisão do Governo português foi transmitida por António Costa à agência Lusa no final de uma visita que efetuou à missão militar portuguesa na República Centro Africana, em que também procurou salientar que o envio de tanques para a Ucrânia não colocará em causa a capacidade militar nacional em termos de equipamento.
“Estamos neste momento a trabalhar para podermos ter condições de dispensar alguns dos nossos tanques. Sei quantos tanques serão enviados, mas isso será anunciado no momento próprio”, afirmou o líder do executivo.
De acordo com o primeiro-ministro, neste momento, Portugal está a trabalhar com a Alemanha para “permitir uma operação logística de fornecimento de peças, tendo em vista concluir a recuperação de alguns dos carros de combate que não estavam operacionais”.
“Uma operação que se destina a ceder à Ucrânia alguns tanques, sem que, naturalmente, Portugal deixe de ter a sua capacidade militar intacta. Obviamente, Portugal tem também obrigações no quadro da NATO, que não podemos deixar de cumprir em termos de disponibilidade de equipamento para intervenções em caso de necessidade”, advertiu.
Há 37 tanques Leopard 2A6 no país, mas só uma minoria está realmente em condições de serem enviados. Mas mais de metade não está em condições de seguir para o terreno. Estão no “nível vermelho de operacionalização”, de acordo com a classificação da NATO.
No Campo Militar de Santa Margarida, mesmo em exercícios, só são utilizados no máximo14 tanques. 10 dos tanques do exército português tem sobem para o nível amarelo: podem ir para a guerra mas não estão a funcionar em pleno.
Interrogado sobre a altura mais provável em que se poderá concretizar o envio desses tanques Leopard 2 para território ucraniano, António Costa observou que “o movimento que está em curso na Europa é no sentido de poder ter o conjunto desses meios disponibilizados até ao final de março”.
Já sobre a controvérsia relacionada com o facto de vários destes tanques Leopard 2, adquiridos pelas Forças Armadas nacionais em 2007, estarem sem manutenção há muitos anos, o primeiro-ministro contrapôs que a expressão “muitos anos é um exagero”.
“Alguns não estão operacionais e, por isso mesmo, temos de trabalhar simultaneamente com quem produz para assegurar a cadeia de abastecimento necessária, tendo em vista recuperar tanques que temos neste momento inoperacionais e podermos dispensar tanques operacionais, ficando nós com a nossa própria capacidade devidamente salvaguardada. É essa operação logística que está em curso”, justificou.
Ainda sobre a questão da inoperacionalidade de alguns dos tanques Leopard 2A6, António Costa fez a seguinte observação: “Não é só nas peças de automóveis que há falta de componentes”.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
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Era bom que Portugal começasse a defender os seus interesses e os da Europa em vez de prestar vassalagem aos EUA. A Europa precisa de se livrar dos EUA e dos americanos ou vai entrar em colapso.
Lá vamos nós pagar mais uma Fatura para alguns do Governo encherem os Bolsos