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Costa alerta que “risco efetivo de transmissão está a aumentar”. Temido apela para cumprimento de medidas

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José Sena Goulão / EPA

O primeiro-ministro alertou, esta terça-feira, que, apesar da situação epidemiológica no país se manter estável, o risco efetivo de transmissão está a aumentar.

Na sua conta do Twitter, depois de ter participado em mais uma reunião sobre a evolução da pandemia em Portugal, António Costa referiu que “a situação epidemiológica mantém-se estável, com redução do número de casos covid-19”.

No entanto, alertou, “o risco efetivo de transmissão está a aumentar” e, por isso, “não obstante o desconfinamento em curso, é muito importante manter todas as cautelas e aplicar as medidas de prevenção”.

Na mesma rede social, o primeiro-ministro afirmou que, nos próximos dias, o número de portugueses com uma dose da vacina contra a covid-19 atingirá um milhão e que cerca de meio milhão terá já as duas tomas completas.

“O plano de vacinação, tal como sublinhado no Infarmed, tem como meta chegar ao final da semana com 80% dos maiores de 80 anos inoculados. Nos próximos dias, mais de um milhão de portugueses estarão vacinados com uma dose e meio milhão com duas doses da vacina”, pode ler-se.

No final da reunião no Infarmed, a ministra da Saúde também quis lembrar que, não obstante o processo de desconfinamento ter começado há menos de 15 dias e estar ainda na primeira fase, a mobilidade está a aumentar e há uma menor utilização do teletrabalho.

Marta Temido insistiu para que, sempre que possível, se continue a optar “pelo teletrabalho e pela restrição dos contactos sociais ao mínimo indispensável“.

“O vírus continua a estar presente no espaço europeu”, afirmou a governante, frisando que, por isso, não podem ser aliviadas as medidas de prevenção.

Questionada sobre a paragem na vacinação com a vacina da AstraZeneca, a ministra sublinhou que se tratou de “uma pausa” e não de “uma suspensão”, reiterando a confiança nas vacinas.

“Qualquer vacina, ou qualquer medicamento, passa por uma avaliação da agência europeia do medicamento [EMA] que tem décadas de trabalho confiável e transparente”, afirmou, lembrando que o que Portugal fez foi seguir as recomendações da EMA.

As vacinas são seguras. Têm, como qualquer medicamento, um contexto de indicações e restrições e os países têm de as seguir”, afirmou.

Portugal registou hoje 10 mortes relacionadas com a covid-19 e 434 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

ZAP // Lusa

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