Corredor de hidrogénio marítimo vai ligar Portugal ao Luxemburgo

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ANTÓNIO COTRIM / LUSA

Ministros Duarte Cordeiro e Claude Turmes assinam memorando em Lisboa

Portugal e Luxemburgo assinaram um memorando de cooperação para desenvolver um corredor de hidrogénio, entre os dois países.

Os ministros do ambiente Duarte Cordeiro, de Portugal, e Claude Turmes, do Luxemburgo, celebraram um acordo bilateral para a criação de um corredor de hidrogénio renovável.

O objetivo é exportar hidrogénio verde para o Benelux – organização económica europeia composta pela Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos.

Os dois ministros reuniram-se no início desta semana em Lisboa, onde está a decorrer a Lisbon Energy Summit & Exhibition 2023.

Um comunicado oficial do governo do Luxemburgo, citado pela Hydrogen Central, diz que Portugal está preparado para ser “um líder em energias renováveis na União Europeia (UE)”, especialmente no que toca ao hidrogénio.

O corredor irá ligar os portos marítimos de Sines e Roterdão – nos Países Baixos -, e daí seguirá para o porto fluvial de Mertert, no Luxemburgo.

De acordo com o comunicado, o objetivo é envolver os dois países na exploração de energias renováveis, a um custo baixo.

Além disso, pretende desenvolver-se um corredor europeu, para a importação de hidrogénio renovável para a região do Benelux e, especificamente, do Grão-Ducado.

Em fevereiro, na reunião de ministros do ambiente da União Europeia, em Estocolmo, Claude Judes já tinha anunciado que se tinha reunido com Ana Fontoura Gouveia, secretária de Estado da Energia e Clima de Portugal, para “estabelecer as bases de uma forte parceria energética“, entre Portugal e o Luxemburgo.

“Os nossos países estão e permanecerão fortemente ligados”, pode ler-se.

Na terça-feira, à margem da Lisbon Energy Summit & Exhibition 2023, Ana Fontoura Gouveia disse, à agência Lusa, que os atuais fatores de competitividade de Portugal permitiram atrair projetos como este.

“Neste momento diria que, face àquela que era a capacidade prevista na estratégia nacional de hidrogénio, iremos multiplicar isso por um fator de dois ou de três”, disse a secretária de Estado da Energia e Clima.

Portugal está a caminhar no sentido de se tornar um país energicamente neutro. Atualmente, metade da ‘nossa’ energia está a vir de parques solares e eólicos.

Daqui a dois anos, em 2025, Santiago do Cacém (distrito de Setúbal) vai acolher o maior parque solar da Europa. Prevê-se que vá alimentar mais de 430 mil habitações.

Também o Luxemburgo tem estado muito ativo no desenvolvimento deste tipo de infraestruturas – exemplo disso é a construção de uma ilha artificial de energia eólica, no Mar do Norte, conjuntamente com a Bélgica e a Dinamarca.

Miguel Esteves, ZAP //

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