Coreia do Norte ameaça “aniquilar” vizinha do Sul com armas nucleares (e deixa aviso aos EUA)

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KCNA

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

A Coreia do Norte advertiu na quarta-feira os EUA que está pronta para qualquer conflito militar e ameaçou a vizinha Coreia do Sul com a “aniquilação” face a qualquer tentativa de derrubar o regime norte-coreano.

“As nossas forças armadas estão totalmente preparadas para responder a qualquer crise e a dissuasão nuclear da nossa nação também está pronta para mobilizar a sua força absoluta de forma fiável, precisa e rápida”, disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, na noite de quarta-feira, num discurso para assinalar o Dia da Vitória, que marca o fim da Guerra da Coreia, em 27 de julho de 1953.

No discurso do 69.º aniversário do fim da guerra, Kim acusou os Estados Unidos de aplicarem um “duplo padrão”, qualificando as atividades de Washington de “provocadoras e ameaçadoras” ao conduzir “exercícios [militares] conjuntos de grande escala que ameaçam seriamente a segurança” da Coreia do Norte, informou a agência de notícias oficial norte-coreana, a KCNA.

Os serviços secretos dos EUA e da Coreia do Sul acreditam que Pyongyang está em vias de retomar os ensaios nucleares, suspensos pela última vez em 2017.

Nos últimos meses o país testou mísseis hipersónicos, mísseis balísticos intercontinentais, e mísseis que segundo os norte-coreanos podem transportar armas nucleares táticas, escreve a CNN Portugal.

O jornal estatal Rodong publicou esta quinta-feira uma série de fotografias de Kim Jong-un durante este mesmo discurso, naquela que é a primeira aparição pública do líder em 19 dias. Kim aparece também a saudar as forças militares nacionais, acompanhado da mulher, Ri Sol-ju.

A celebração incluiu fogo de artifício e vários eventos ao longo do dia, incluindo uma reunião de veteranos de guerra.

Kim Jong-un também acusou o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que desde que assumiu o cargo, a 10 de maio, adotou uma linha mais dura contra o país vizinho.

Pyongyang alertou que qualquer tentativa de Seul de incapacitar o país seria recebida com uma resposta dura, incluindo a “aniquilação”. Acusou, além disso, Seul de apoiar a “política hostil” dos Estados Unidos em relação a Pyongyang.

“Uma tentativa tão perigosa seria punida imediatamente por forças poderosas, e a administração Yoon Seok-yeol e os seus militares seriam exterminados”, atirou Kim.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Outro Putin. Outro idiota a brincar com os testículos. Enfim. Haja pachorra para a retórica belicista dos rufias frustrados…

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