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Coreia do Sul dispara tiros de aviso contra avião militar russo que entrou no espaço aéreo do país

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A Coreia do Sul anunciou esta terça-feira ter disparado tiros de aviso contra um avião militar russo que violou esta manhã o espaço aéreo sul-coreano.

A primeira violação ocorreu depois das 9h (1h em Lisboa) e durou três minutos. Pouco depois, o avião russo entrou novamente no espaço aéreo sul-coreano por mais quatro minutos. Em resposta, a Força Aérea sul-coreana disparou tiros de aviso. Os jatos de combate F-15F E KF-16 terão disparado em ambas, usando armamento de 20 mm, segundo informação divulgada pelo ministério da Defesa.

Os tiros em forma de advertência são vistos como algo “muito sério” e “muito raro” pelo ex-diretor de operações do Centro de Inteligência do Comando do Pacífico do EUA. Para Carl Schuster, a ação significa que a Coreia considerou este um ato sério e deliberado.

De acordo com a agência Reuters, o ministério da Defesa russo já veio negar a invasão, afirmando que não terá existido qualquer tentativa de contacto por parte dos pilotos sul-coreanos. O ministério considera que os jatos sul-coreanos realizaram manobras perigosas que ameaçaram o avião militar.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), que cita fonte governamental, é a primeira vez que um avião russo viola o espaço aéreo sul-coreano. O incidente ocorreu perto das Ilhas Dokdo, reivindicadas como Takeshima por Tóquio, que acusa a Coreia do Sul de ocupá-las ilegalmente.

Este incidente entre russos e sul-coreanos não foi único na terça-feira. O estado-maior sul-coreano confirmou ainda que duas aeronaves chinesas entraram, às 6h44 e às 7h49 locais (22h44 e 23h44 de segunda-feira em Lisboa), na Zona de Identificação de Defesa Aérea da Coreia do Sul (KAZID). O estado-maior diz ainda que estas se terão juntado com aviões russos e os quatro entraram juntos no KADIZ perto das 8h40 (0h44) e lá permaneceram por 24 minutos.

Este tipo de incidentes são pouco comuns, já que raramente se verificam conflitos entre a Rússia e a Coreia do Sul, apesar do ponto de discórdia em relação à ilha de Noktundo.

ZAP // Lusa

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