O Governo da Coreia do Sul apresentou esta semana o seu plano para aumentar a semana de trabalho para 69 horas.
Em Portugal e um pouco por todo o mundo discute-se a adoção da semana de quatro dias de trabalho. Este modelo implica uma redução do número de horas de trabalho semanais, mas não garante uma passagem das atuais 40 para as 32 horas.
Na prática, significa não trabalhar um dia, por exemplo à segunda-feira ou à sexta-feira. O que acontece é que o trabalhador pode ter que trabalhar meia hora ou até uma hora a mais por dia, para condensar as horas de trabalho de cinco dias em apenas quatro.
Enquanto isso, a Coreia do Sul está a caminhar na direção oposta. Na segunda-feira, o Governo sul-coreano apresentou oficialmente os seus planos para reformar os limites máximos da jornada de trabalho do país, propostos pela primeira vez em dezembro.
Atualmente, os sul-coreanos tem um limite máximo de 52 horas de trabalho semanais, combinando uma semana de trabalho de 40 horas mais 12 horas extras. Os empregadores que não cumpram este limite correm o risco de multa ou até pena de prisão.
O esquema proposto pelo Governo permitiria que empregadores e trabalhadores decidissem medir horas extras mensalmente, trimestralmente ou até mesmo anualmente, explica a Fortune.
A quantidade máxima de horas extras por semana também subirá para 29 horas, o que significa uma semana de trabalho máxima de 69 horas.
O Executivo sul-coreano argumenta que o novo modelo permite maior flexibilidade e espera até que os trabalhadores trabalhem menos horas.
“Podemos resolver sérios problemas sociais, como envelhecimento rápido e baixas taxas de natalidade, permitindo que as mulheres escolham as suas horas de trabalho com mais flexibilidade”, disse o ministro do Trabalho, Lee Jung-sik, citado pelo Financial Times.
As associações empresariais saudaram o plano, que permite “aumentar a eficiência ao escolher o horário de trabalho”. Por outro lado, os sindicatos criticaram o plano “tóxico”, apelidando-o de “ideia anacrónica”.
“O governo está a forçar os trabalhadores a longas horas de trabalho intensivo”, disse a Federação dos Sindicatos Coreanos.
De acordo com a lei portuguesa, o horário laboral deve ser de 8 horas diárias, incluindo intervalos de descanso, e 40 horas semanais.
Se calhar está aqui a explicação para a Europa estar cada vez pior no panorama internacional. A maioria das empresas já nem europeias são. São dos árabes, dos chineses, dos americanos… Não recomecem a trabalhar que vão ver.
Tu deves trabalhar muito, deves…
Coitados… parecem robot’s!…
Depois vem pedir este mundo e o outro… Quem não trabalha e não gera dinheiro não pode sustentar coisas a que provavelmente estará habituado como saúde gratuita, reformas cedo e por aí fora. Quem não tem dinheiro não tem vícios. E a Europa para aí caminha
Se soubesses da realidade da Coreia do Sul tinhas noção de que o país tem taxas elevadíssimas de stress, esgotamentos, suicídios, entre outros problemas de saúde física e mental, e que os jovens coreanos só pensam em imigrar para países com culturas de trabalho mais humanas.
Os jovens coreanos só pensam em”IMIGRAR” para outros países é bem… Nem sei como é que isso se faz… Será que é ir para fora lá dentro?!!
O comentário está em linha com este disparate. Eu vivi quase uma década lá bem perto (no Japão) e posso dizer-te que na Coreia do Sul vive-se muito bem. Agora, é como tudo, nos EUA, na Suécia, na Alemanha, etc em todos os países extremamente competitivos há suicídios, há stress, etc. Mas ainda assim vejo os mexicanos e quase todo o mundo a querer ir para os EUA, muita emigração de África, América do Sul e Ásia para a Europa… Será que estão a “IMIGRAR” à procura do suicídio?!
Parece-me que conheces muito mal a Coreia do Sul… e o Japão também!
Tretas, vivi no Japão quase uma década. Suicídio há em todas as economias competitivas.
Devias andar distraído!…
Pff… Trabalhar até esgotar as pessoas como escravos… Que belo mundo o que nos prometem.. Enquanto uns recebem distribuição de lucros e pouco nada fazem, os que produzem riqueza têm de trabalhar em regime de escravidão, sem sequer receberem algo que os dignifique… É claro os patrões aplaudem.
Nós queremos é trabalhar apenas 20 horas por mês, 60 dias de férias por ano, reforma completa aos 50 anos, salário mínimo de 3500 euros… Só não sei é quem terá de trabalhar para sustentar isso tudo.
Este Carlos e este Eu! são daqueles que querem pagar o mínimo por tudo o que compram mas depois querem trabalhar pouco e receber muito. Sol na eira e chuva no nabal não é possível. Criem empresas e demonstrem a esses empresários sugadores que estão errados. Porque esperam? É só balelas. Tenham tomates e empreguem pessoas! Criem riqueza para o país!
Que calhau!…
Os nossos decisores políticos são um grupo de parasitas, que só decidem com base nas ideologias e não pensam no bem e no futuro da nacao. devia ser implementado o pagamento por horas de tralho e não um vencimento mensal. O pagamento seria acordado pelo patrão e empregado. Pagamento de acordo com o tempo e produtividade. Talvez as coisas mudassem.
Em quase todos os artigos anteriores do Zap sobre a semana de 4 dias, terminavam sempre com o argumento de que o ser humano rapidamente se habitua a uma nova realidade, pelo que em pouco tempo os benefícios dessa redução de trabalho seriam nulos.
Pergunto-me agora se o mesmo argumento se aplica ao contrário, e se ao serem tratados como escravos em pouco tempo os trabalhadores se habituam e já não custa nada.
É aceitável esse seu discurso. No entanto, já não o será quando de seguida pede salários altos, boas reformas, etc. E o problema do seu discurso é precisamente esse: quer uma coisa e o seu oposto. E isso não é possível.
Para quê introduzir IA, automatizar processos e a robotização? Para as pessoas trabalharem mais horas e mais rápido?
Então mais vale retirarem esses avanços tecnológicos, que ao contrário do prometido, aumentam o trabalho dos humanos.
Qual o propósito de viver? Apenas trabalhar?