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Consultas médicas por videochamada chegam ainda este ano ao SNS

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A aplicação MySNS Carteira, que já consta no telemóvel de 300 mil portugueses, deverá ganhar uma nova funcionalidade nos próximos meses.

Parece ficção, mas ter uma consulta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) através de uma aplicação no telemóvel que faz uma videochamada será possível ainda este ano. Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) garantem que se tornará numa realidade em breve caso os médicos e os hospitais ou centros de saúde adiram à ideia.

Esta terça-feira, arranca em Lisboa a maior cimeira nacional de tecnologia e saúde. Henrique Martins, presidente dos SPMS, explicou à TSF que a telemedicina ou telesaúde será um dos pontos fortes deste encontro.

Atualmente, os SPMS estão a desenvolver um projeto que irá trazer para a aplicação MySNS Carteira uma nova funcionalidade: a possibilidade de os utentes terem à distância, através de um smartphone, uma consulta com o seu médico de família ou um médico de especialidade.

O objetivo é ter um projeto-piloto a funcionar na região de Lisboa ou do Porto até ao final do primeiro semestre deste ano e expandi-lo a todo o país até ao final de 2019.

A aplicação MySNS Carteira já permite guardar receitas, vacinas ou registos de alergias. O próximo passo será criar uma plataforma segura que permita realizar uma videochamada sem dúvidas sobre a identidade do médico e do doente.

Segundo Henrique Martins, a utilidade da ferramenta dependerá dos médicos e do uso que as instituições de saúde lhe quiserem dar, uma vez que um dos principais desafios para o futuro é tornar a telesaúde uma prática habitual e aceite pelos profissionais deste setor.

“Ter a possibilidade de ver o doente, mesmo à distância, ajuda muito. Claro que não se pode resolver tudo pois há muita coisa que não deve ser tratada por telesaúde, mas muitas dúvidas podem ser resolvidas por videochamada, com uma interação em que vejo o rosto do doente, uma mancha na pele, uma úlcera, um olho vermelho… Estamos a dar ferramentas aos profissionais de saúde para melhor acompanharem o doente”, explicou o responsável à TSF.

ZAP //

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