Construção civil continua a ser o setor com mais acidentes mortais

O número de acidentes no trabalho caiu nos primeiros sete meses do ano em relação a anos anteriores. Dos 62 acidentes mortais registados até julho deste ano, 30 foram na construção civil.

A construção civil é o setor que continua a ser mais mortal e onde há mais acidentes de trabalho. Os dados relativos aos primeiros sete meses de 2022 da Autoridade para as Condições do Trabalho mostram que houve 62 acidentes mortais até julho, tendo 30 sido na construção.

Após a construção, os trabalhadores da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca foram os que registaram mais acidentes mortais, tendo oito perdido a vida. O comércio por grosso e a retalho e a reparação de automóveis e motociclos ficam em terceiro na lista, com sete óbitos.

No geral, as mortes no trabalho desceram em comparação com o mesmo período de anos anteriores — em 2021 morreram 95 trabalhadores até julho, em 2020 morreram 77 e em 2019 perderam a vida 78 pessoas em acidentes laborais.

O grupo profissional de operários, artífices e trabalhadores similares foi o registou mais mortes, com 18 óbitos. Este valor fica muito abaixo dos números registados em anos anteriores. Em 2021, por exemplo, foram 49 mortes, escreve o JN.

Os trabalhadores não qualificados seguem-se, com 12 mortes. Estão ainda 19 mortes em averiguação, não tendo ainda sido classificados os trabalhadores que perderam a vida.

O mês com menos mortes foi junho, tendo havido três acidentes mortais, e maio foi o mês mais mortal, tendo registado 12 óbitos no trabalho.

O presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, alerta que o número de mortes pode aumentar se não forem tomadas medidas urgentes para o combate ao trabalho clandestino e não qualificado.

O sindicato também já pediu uma audiência ao ao ministro das Infraestruturas e à ministra do Trabalho para discutir a fiscalização, que diz ser ineficaz por se focar demasiado nas grandes obras.

ZAP //

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