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Conspirador condenado a pagar 450.000 dólares por negar massacre de Sandy Hook

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(dr) Lenny Pozner

Lenny Pozner, o pai de uma das crianças que foi morta a tiro no massacre de Sandy Hook

Um tribunal de Wisconsin, nos Estados Unidos, condenou um conspirador a indemnizar o pai de uma das crianças que morreu no tiroteio de Sandy Hook, em 2012, com 450.000 dólares depois de este afirmar que o massacre nunca ocorreu.

Leonard Pozner, que perdeu o seu filho de 6 anos, Noah, no ataque de 14 de outubro de 2012 na escola primária de Sandy Hook, nos Estados Unidos, deve receber indemnização por difamação de James Fetzer, professor reformado da Universidade do Minnesota Dulut.

Fetzer, juntamente com Mike Palacek, escreveram um livro, sob o título “Nobody Died at Sandy Hook” (Ninguém morreu em Sandy Hook), no qual afirmam que a tragédia nunca aconteceu e o pai falsificou a certidão de óbito do próprio filho.

No mesmo trabalho, conta a CBS News, os autores afirmam que o tiroteio foi realizado por ordem do antigo presidente dos Estados Unidos Barack Obama com o objetivo de fortalecer as leis de controlo de armas no país.

Palacek já chegou a um acordo extrajudicial com o autor, não sendo ainda os detalhes do acordo conhecidos. Por sua vez, Fetzer, que considerou a quantia “absurda”, rejeitou a condenação e disse que iria recorrer da decisão, de acordo com o jornal The Guardian.

“[O livro] faz com que as pessoas acreditem que eu menti sobre a morte do meu filho, que ele não morreu e que eu estou a fazer [a recorrer aos tribunais] por outros motivos”, disse Leonard Pozner, citado pela CBS News.

Apesar de reconhecer que Fetzer tem o direito de “expressar a sua ignorância” e pensar que o massacre não ocorreu, Pozner argumenta que a sentença assenta no direito das vítimas de não sofrer difamação e assédio.

No início deste ano, a editora que publicou o livro pediu desculpas a Leonard Pozner.

O tiroteio na escola primária de Sandy Hook, em Newtown, no estado norte-americano do Connecticut, aconteceu a 14 de dezembro de 2012. Morreram 20 crianças, com idades compreendidas entre os seis e sete anos de idade, e seis adultos.

O massacre, recorde-se, lançou um amplo debate sobre a circulação de armas de fogo no país e levou o então Presidente dos Estados Unidos a fazer um emocionado discurso no qual não conseguiu conter uma lágrima que correu o mundo.

ZAP //

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