Falta de transparência no concurso da linha ferroviária entre o Porto e Oiã. Consórcio português venceu o espanhol sem que o Ministério das Infraestruturas ou a Infraestruturas de Portugal (IP) o explicassem.
Para a construção da linha ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Oiã apresentaram-se dois consórcios, um português e um espanhol — mas só o primeiro foi aceite. No entanto, nem o Ministério das Infraestruturas nem a Infraestruturas de Portugal (IP) esclareceram os motivos para a rejeição da proposta espanhola.
O concurso público internacional contou com as duas propostas, informou o Governo em comunicado, sem divulgar, no entanto, os consórcios participantes ou os critérios de avaliação.
Questionado pelo Público, o Ministério das Infraestruturas reiterou a ausência de informação adicional, afirmando que a análise das propostas estava em curso. “O júri vai analisar os méritos de cada uma e decidir um vencedor”, afirmou. sem mais detalhes.
Apesar da falta de clareza do Governo, o consórcio liderado pela Mota-Engil foi o vencedor, num grupo que inclui também as empresas portuguesas Teixeira Duarte, Casais, Conduril, Gabriel Couto, Alves Ribeiro, e Líneas – Concessões de Transportes (parcialmente detida pela Mota-Engil e pelo fundo espanhol Serena Industrial Partners).
Segundo a imprensa espanhola, mais especificamente o El Economista, o consórcio rejeitado era liderado pela Sacyr, que inclui as empresas portuguesas DST e ACA Engenharia & Construção. A empresa tem um histórico de atrasos em outros projetos ferroviários em Portugal, como aconteceu nos troços da linha Évora-Elvas e da linha da Beira Alta.
Outros consórcios espanhóis — que incluíam grandes empresas como Acciona, FCC, Ferrovial, OHLA, Comsa, NGE, TSO, Axvi, Webuild, John Laing, Ascendi, Tecnovia e TIIC — também desistiram do concurso devido às condições financeiras consideradas desfavoráveis, mas mantêm a intenção de concorrer às fases seguintes do projeto.
Troço Oiã-Soure
A próxima fase do projeto é o troço Oiã-Soure, que, juntamente com o primeiro troço, compõe a primeira fase da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto.
A segunda fase inclui o troço Soure-Leiria-Carregado. A IP prevê que a linha Porto-Soure esteja concluída em 2028 e a linha Soure-Carregado em 2030, permitindo a ligação entre Lisboa e Porto em apenas uma hora e 19 minutos.
O custo máximo da parte atribuída à Mota-Engil é de 1,7 mil milhões de euros e cobre 71 quilómetros, incluindo uma ponte rodoferroviária sobre o Douro, um túnel, uma estação em Vila Nova de Gaia e 17 quilómetros de variantes para ligar à estação de Aveiro.
O Sistema a funcionar…. viva a república dos bananas!
Vocês para estes artigos, deveriam socorrer-se de um advogado ou, pelo menos, de alguém que saiba do que se está a falar.
Para clarificar e esclarecer quem não sabe (ou não quer saber): O consórcio cuja proposta foi eliminada, sabe quais as razões que estão subjacentes à eliminação. Tem que saber! É o que a lei, especificamente o Decreto-Lei n.º 18/2008, obriga. E tenho a certeza, foi feito. E como tenho a certeza que foi feito? Porque seria uma irregularidade não sanável do processo. O processo seria cancelado, morto, enterrado… ficaria num estado de irregularidade do qual não seria possível recuperar. Teria que ser repetido.
Mais… o consórcio cuja proposta foi eliminada, tem um período (pelo menos 5 dias úteis) para reclamar, da eliminação.
Não falem e/ou escrevam do que não sabem!
Só é parvo quem quer. Não vai haver nenhum TGV entre Porto e Lisboa porque não há concordância da CE devido à bitola e aos estudos de rentabilidade sócio-económicos que o Estado foi obrigado a apresentar.
O único TGV que poderá ser feito é o de Lisboa – Madrid.