Há, neste momento, mais de 100 mil famílias a receber rendimento social de inserção (RSI), algo que não se verificava há dois anos.
De acordo com o jornal Público, o novo confinamento está a acelerar a subida de beneficiários do rendimento social de inserção (RSI). Os números divulgados pela Segurança Social, esta segunda-feira, revelam um salto de mais 2841 beneficiários.
Em janeiro, havia 211.398 pessoas em Portugal a receber RSI. Um mês depois, este número subiu para 214.239.
Os dados agora divulgados indicam que há um total de 100.174 famílias a receber esta prestação social, sendo que para encontrar um número tão elevado é preciso voltar a abril de 2019 (100.512).
Já no primeiro estado de emergência se tinha verificado esta tendência, contrariando aquela que era uma quebra contínua há já dois anos, devido à recuperação económica. De 222 mil beneficiários em abril de 2018, registavam-se menos de 200 mil em fevereiro de 2020. A pandemia veio alterar esta situação.
Segundo o jornal, continua a ser o distrito do Porto que regista mais beneficiários (55.918), seguido por Lisboa (42.695) e por Setúbal (21.229). O perfil destas pessoas também não sofreu alterações: são mais mulheres (111.415) do que homens (102.824).
Em sentido contrário, o número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) tem vindo a cair. Em fevereiro de 2020, antes da pandemia, o CSI contava com 164.788 beneficiários. Um ano depois, 159.319 os idosos recebiam esta prestação, ou seja, menos 5480.
Beneficiários de prestações de desemprego aumentam 35,9% em fevereiro
Os beneficiários de prestações de desemprego aumentaram 35,9% em fevereiro face a igual mês do ano anterior, mas caíram 1,4% comparando com janeiro, atingindo 241.683, segundo as estatísticas mensais da Segurança Social.
Segundo o Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o número total não inclui as prorrogações das prestações de desemprego, medida adotada no âmbito do combate ao impacto da pandemia de covid-19.
Em fevereiro, o número de beneficiários do subsídio de desemprego foi de 207.622, um aumento de 39,4% em termos homólogos e uma diminuição de 0,5% considerando janeiro.
Já o subsídio social de desemprego inicial (atribuído a quem não reúna as condições para receber o subsídio de desemprego) abrangeu 10.288 pessoas, o que revela um crescimento homólogo de 27,2% e uma subida de 1% em relação ao mês anterior.
Por sua vez, o subsídio social de desemprego subsequente (para quem já esgotou o subsídio de desemprego) chegou a 23.168 pessoas, um acréscimo de 16% face a fevereiro de 2020 e um decréscimo 9% comparando com janeiro.
O valor médio das prestações de desemprego foi de 509,41 euros por beneficiário.
“Por idades e comparando com fevereiro de 2020, continuam a registar-se acréscimos das prestações processadas em todos os grupos etários, em particular nos grupos mais jovens: o grupo de 24 ou menos anos (78,8%), entre os 25 e os 34 anos (63,4%), entre os 35 e os 44 anos (41,0%), e entre os 45 e os 54 anos (31,4%)”, pode ler-se na síntese publicada na segunda-feira pelo GEP.
Analisando os beneficiários por sexo, 56,7% são do sexo feminino e 44,3% do sexo masculino, indica o gabinete.
Segundo os dados mensais do emprego publicados na segunda-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos aumentou 36,8% em fevereiro em termos homólogos e 1,8% face a janeiro.
De acordo com o IEFP, no final de fevereiro, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 431.843 desempregados.
ZAP // Lusa