Governo abre 1.000 vagas na função pública. Alguns podem nunca trabalhar

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Nuno Veiga / LUSA

António Costa

O primeiro concurso será aberto no próximo mês, para técnicos superiores. Salário inicial de 1.330 euros – mas na reserva.

O próximo mês, Outubro, terá uma janela de oportunidade para candidatos a técnico superior na função pública.

O Governo vai abrir um concurso na administração Pública, onde serão recrutadas 1.000 pessoas.

A novidade foi anunciada na quarta-feira por António Costa, entre a lista das medidas mais focadas para os jovens.

A ideia do Governo é rejuvenescer a função pública, algo que tem apresentado como prioridade.

O salário inicial será de 1.330 euros.

Mas é um concurso para a constituição de uma reserva de trabalhadores, detalha o jornal Público.

Ou seja, é um recrutamento centralizado: elabora-se uma reserva de trabalhadores que, mais tarde, podem candidatar-se a vagas que venham a surgir. Podem ser chamados durante dois anos.

Em vez de estarem vinculados a uma vaga imediata e específica, os candidatos aprovados num concurso de reserva são chamados conforme a necessidade da administração pública.

Os concursos de reserva são realizados para garantir que, quando surgir uma necessidade, haja já um grupo de candidatos qualificados disponíveis para preencher rapidamente as vagas, sem a necessidade de lançar um novo processo selectivo para cada vaga que surja.

Os eleitos ficam numa lista de reserva e podem ser chamados a assumir funções conforme a necessidade da entidade que lançou o concurso, neste caso nos dois anos seguintes.

Concurso mensal

Também vai haver um concurso de técnicos superiores todos os meses, entre Outubro de 2023 até 2026.

A Frente Comum alega que este número é baixo e não serve para combater a “fuga de trabalhadores”. Nem chega para “contrabalançar as reformas”, avisa o coordenador Sebastião Santana.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública repete: estima-se que haja 15 mil a 20 mil aposentações por ano na função pública, por isso estes concursos – “que não são novidade” – não “satisfazem as necessidades permanentes” da Administração Pública, segundo o secretário-geral José Abraão.

ZAP //

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2 Comments

  1. Só me parece terem esquecido alguns pequenos detalhes…

    1.º abrem um concurso a nivel central mas depois o trabalhador pode ter que se deslocar do Porto para Lisboa porque a vaga é em Lisboa ou até mesmo no Algarve. Se não aceitar é excluido da lista ou então vai gastar metade do salário em alojamento e deslocações;

    2.º as pessoas colocadas na lista não vão estar à espera que a vaga surja. Certamente muitas estão a trabalhar seja no publico seja no privado e podem demorar sempre 2 meses de desvincularem-se da função…

  2. Parece uma caixa de velocidades DSG. Está uma mudança engrenada, e a outra já preparada.
    Agora a sério, enquanto estão de prontidão, estão a receber, ou estão só na lista? Este Governo está cada vez melhor, com ideias mirabolantes!

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