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Concurso para formadores do IEFP exigia licenciatura a cabeleireiros, costureiros e cozinheiros

A Associação Portuguesa de Formadores criticou o concurso aberto pelo IEFP que exigia licenciatura aos formadores, deixando vários candidatos de fora.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) abriu 394 vagas para admitir alguns dos formadores excluídos do Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP). O concurso exige que os candidatos tenham licenciatura, o que levou a duras críticas ao IEFP, escreve o jornal Público.

Os casos de formadores que dão cursos de estética, cabeleireiro, cozinheiro ou costureiro são os que mais revolta têm gerado, uma vez que o grosso dos candidatos não tem este nível de habilitações literárias.

Como tal, a Associação Portuguesa de Formadores (APF) enviou uma carta à ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, pedindo uma reunião para debater este assunto.

“Há vagas para as quais os formadores não podem concorrer porque não têm licenciatura, que nunca foi um requisito para dar formação e não deveria ser um requisito do concurso”, diz a presidente interina da associação, Gabriela Serrão, em declarações ao Público.

A APF considera que exigir uma licenciatura a formadores de áreas como a estética e a culinária não faz sentido e considera-a “discriminação negativa”.

“Existem 172 vagas abertas para a componente tecnológica, a que muitos formadores não poderão concorrer, ou por terem apenas o nível secundário, o nível IV ou até mesmo um bacharelato”, alerta ainda Gabriela Serrão.

Nem todos os centros de formação abriram vagas, razão pela qual alguns formadores veem-se obrigados a concorrer para centros distantes da sua casa ou a não concorrer de todo.

Além disso, a APF salienta que não existem vagas nos centros de formação onde os formadores têm dado disciplinas como português, inglês ou matemática.

Daniel Costa, ZAP //

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