Conceição estava lá. E Portugal está na final da Liga das Nações

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Anna Szilagyi / EPA

Portugal está na final da UEFA Nations League pela segunda vez na sua história, após ter conquistado a primeira edição da competição, em 2019. A turma lusa bateu a poderosa seleção da Alemanha e, mais impressionante, na casa do adversário, em Munique.

Depois de uma primeira metade repartida, o segundo tempo começou com o golo dos germânicos, mas uma reacção de categoria dos portugueses garantiu a reviravolta e uma vitória por 2-1.

O clã Conceição voltou a fazer estragos à “mannschaft”, desta feita com grande golo de Francisco, e Cristiano Ronaldo concluiu a “remontada”.

Roberto Martínez surpreendeu com Vitinha no banco e João Neves a lateral-direito. A verdade é que, na primeira metade do primeiro tempo, Portugal até esteve por cima, com rápidas tocas de bola e incursões velozes pela esquerda, por Pedro Neto, e a turma lusa até construiu boas ocasiões, a melhor aos sete minutos com remate de Cristiano Ronaldo.

Contudo, aos poucos os alemães foram controlando e terminaram por cima, registando os derradeiros seis disparos até ao descanso. Nesta fase brilhou Diogo Costa.

O jogo valeu pela segunda parte, verdadeiramente electrizante. A Alemanha marcou primeiro, pelo cobiçado Florian Wirtz (48′).

Martínez mexeu de imediato, com várias alterações, a mais importante tacticamente a saída de Rúben Neves para a entrada de Vitinha, mas também o lançamento em campo de Francisco Conceição no lugar de Trincão.

O extremo ainda ligado ao FC Porto arrancou um grande golo aos 63 minutos (já o pai Sérgio havia marcado três à Alemanha em 2000), lançando a loucura nos milhares de adeptos portugueses presentes no estádio.

E cinco minutos volvidos, Nuno Mendes assistiu Cristiano Ronaldo, que só teve de encostar para a reviravolta. Até final, Marc-André ter Stegen evitou por duas vezes o terceiro de Portugal.

Segue-se Espanha ou França no domingo.

O Jogo em 5 Factos

1. Ficaram a dever-nos um golo

Será raro ver este dado ante uma equipa como a Alemanha, mas a verdade é que Portugal foi mais mais perigoso, em especial na segunda parte. Os lusos terminaram com 2,6 Golos Esperados (xG), pelo que bem poderiam ter sido três os tentos apontados. Os alemães não passaram de 1,1.

2. Quatro ocasiões flagrantes

A primeira parte foi pálida em grandes ocasiões. Na realidade não houve nenhuma flagrante. Na segunda, contudo, aconteceram cinco, quatro delas para Portugal.

3. Alemães com muitas perdas de posse

Um dos dados que mostra a pouca qualidade da Alemanha neste jogo foi a quantidade de perdas de posse no primeiro terço. Foram, ao todo, 12, igualando o máximo da equipa nesta prova. Portugal, que só perdeu cinco, aproveitou.

4. Lusos mais pressionantes

A diferença não é grande, mas é relevante tendo o jogo sido na Alemanha. Portugal terminou com dez acções defensivas no meio-campo contrário. Os alemães ficaram-se pelas sete.

5. Mais presença no último terço

A posse de bola foi enganadora. Portugal teve apenas 46% do tempo com o esférico, mas no que interessa, o field tilt (posse no terço ofensivo), os lusos registaram 55%.

Melhor em Campo

Os alemães devem ter pesadelos com o nome Conceição. Após o “hat-trick” do pai Sérgio no EURO 2000, agora foi o filho Francisco a marcar e a iniciar a reviravolta que garantiu uma brilhante vitória para Portugal.

O extremo entrou aos 58 minutos e revolucionou o futebol luso, com velocidade, energia e uma garra imparável. Destaque para dois remates enquadrados em três, quatro conduções progressivas e duas super progressivas e ainda desperdiçou uma ocasião flagrante.

Resumo

2 Comments

  1. FINAL PORTUGUESA – Tudo leva a crer na vitória portuguesa na final em 08/06 , contra França ou Espanha . Seria mais gostoso e prazeroso ganhar da Espanha e uma margem folgada. O escrete português está bem armado e com excelentes jogadores O segundo tempo contra a Alemanha foi um domínio português alarmante com várias oportunidades de gol com o GK alemão fazendo milagres , VALEU !!!! joaoluizgondimaguiargondim .

  2. E conseguimos finalmente! Como eu sempre disse o aspecto psicológico era e é fundamental, e uma questão de mentalidade vencedora também, os últimos 5 jogos frente á Alemanha tinham sido marcados pelo medo excessivo , falta de intensidade , neste jogo Portugal fez o que tinha de fazer, jogou com determinação , garra, intensidade, dinâmica, vontade e espírito vencedor, isso fez a diferença, só queria que Portugal tivesse feito o mesmo em 2006, 2008, 2012 , 2014 e 2021, está exorcizado a partir de agora o fantasma alemão, e que de hoje em diante Portugal não se intimide mais perante os alemães nem perante nenhum adversário, foi quebrada uma importante barreira psicológica que já durava há 25 anos, Portugal pode vencer qualquer equipa e isso ficou agora demonstrado!

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