O comportamento do Chega estará num ponto de viragem

6

Tiago Petinga / Lusa

Declarações de André Ventura, depois de Pedro Pinto, depois de Rui Paulo Sousa. E agora as reacções do próprio Ventura, durante um debate.

André Ventura disse na semana passada que o Chega está disponível para fazer uma “auto-crítica”. Na altura era sobre os alegados insultos a Ana Sofia Antunes, deputada cega do PS, mas aparentemente essa auto-crítica está a espalhar-se dentro do seu partido.

Também na semana passada, no dia seguinte ao tal momento quente com Ana Sofia Antunes, o líder parlamentar Pedro Pinto reconheceu que “houve excessos nos apartes” dos deputados do Chega, na sessão plenária do dia anterior.

Nesta quarta-feira, Rui Paulo Sousa, deputado e secretário-geral do Chega – além de admitir que os casos de Miguel Arruda, Nuno Pardal ou Diva Ribeiro podem prejudicar o partido – falou sobre os “exageros de alguns” dos deputados do Chega, mas avisou que há deputados de outros partidos que também exageram.

“Se calhar todos os grupos deveriam tirar uma lição disto e controlar um pouco mais este comportamento em determinadas alturas, alguns excessos. Mas não é um comportamento apenas do Chega”, repetiu, na rádio Observador.

Rui Paulo Sousa não faz apartes durante os debates, mas admite que há apartes “exagerados e que não devem ser usados”, seja da bancada do Chega ou de outra: “Devemos evitar ofender directamente as pessoas”.

O “infantário” continua no Parlamento, é verdade. Ainda no debate desta quarta-feira, a certa altura, Aguiar-Branco ficou novamente cansado das intervenções, sobretudo de André Ventura e Fabian Figueiredo (BE) e desligou o microfone aos dois deputados.

Mas, no mesmo debate, foi curioso ver o controlo na reacção do próprio André Ventura, perante algumas críticas ou provocações do Bloco de Esquerda.

Outros deputados do Chega mantiveram o seu registo normal de gestos bem visíveis, de gritos, do apontar o dedo, das “bocas”. Mas foi bem visível que, em alguns momentos, Ventura controlou-se e ficou a olhar, em silêncio. Aliás, a primeira fila da bancada parlamentar do Chega estava, por vezes, com um tom mais civilizado.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

6 Comments

  1. Que ninguém se iluda: o milhão e tal de votantes no CHEGA não está nada incomodado com estes comportamentos bacocos e de grunhos dos seus representantes… Aliás, até aplaudem.

    5
    5
    • Está a referir-se a todo o parlamento certo ??? ou é como os adeptos de futebol que só vê penáltis no campo do adversário. Lembre-se política não é como futebol a política entra nos seus bolsos o futebol só se quiser.

      4
      1
    • Uma grande parte desses votantes são Estrangeiros (que também votam nos outros partidos que existem em Portugal), é fraude eleitoral, é importar eleitores/votantes (https://www.dn.pt/2647201781/brasileiros-em-portugal-mobilizam-se-para-eleicoes-legislativas/).
      O Chega foi criado para perseguir, prejudicar, e destituir o Presidente Rui Rio na época em que este foi líder do Partido Social Democrata e da oposição: «André Ventura lança movimento para destituir Rui Rio» (https://www.publico.pt/2018/09/22/politica/noticia/andre-ventura-lanca-movimento-para-destituir-rui-rio-1844970).
      Na altura o auto-denominado «movimento Chega» representava o dr. Pedro Coelho e o seu bando, ou seja a facção liberal/maçónica do PSD que é contra a linha de Francisco Sá Carneiro, a social-democracia, a regionalização, o Interesse Nacional, e o republicanismo, sendo estes princípios e valores representados pelo Presidente Rui Rio.
      Mais tarde o movimento dá origem ao Partido Chega com o objectivo de roubar votos ao Partido Social Democrata – que se tornou uma força política completamente moribunda e descredibilizada pelo dr. Pedro Coelho – prejudicando assim o PSD e o Presidente Rui Rio nas Eleições Legislativas de 2022.
      O Partido Chega é uma fraude, uma força política liberal/maçónica criada para tentar manter este ilegítimo, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 assim como o sistema político-constitucional ainda em vigor.
      O Partido Chega representa os interesses do Partido Socialista e os seus aliados, do dr. Pedro Coelho e seu bando.
      Os Portugueses ingénuos ou mais distraídos que apoiam e votam no Partido Chega têm de perceber que estão a ser enganados.

    • Isso chama-se censura e ostracização. O que seria se o Chega quisesse “estoirar” com a aberração de partidos como o BE, Livre, PAN com votantes residuais. No entanto eles estão lá e bem dado que algum povo se revé nas suas ideias e também para diversificar as ideias no parlamento enriquecendo a democracia. Eu sei que para si ter dois partidos é mais simples não precisa de raciocinar muito idolatrar um deles.

      3
      1

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.