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Dirigente do Chega acusado de prostituição de menor com 15 anos

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AM Lisboa

Terá pago para ter relações sexuais com um adolescente. Agora, pode enfrentar até 5 anos de prisão.

Nuno Pardal Ribeiro tem 51 anos e é deputado da Assembleia Municipal de Lisboa, vice-presidente da distrital lisboeta do Chega e conselheiro nacional. Por pouco não é deputado na Assembleia da República — era o décimo da lista por Lisboa.

Segundo avança o jornal Expresso, está agora acusado de dois crimes de prostituição de menores agravados.

Pardal Ribeiro conheceu um adolescente na rede social de encontros Grindr. Encontraram-se pessoalmente numa estação de comboios no dia 11 de julho de 2023, e o político levou o carro até um pinhal. De acordo com a acusação do Ministério Público a que o Expresso teve acesso, o dirigente distrital perguntou ao rapaz que idade tinha, ao que ele respondeu “15”.

O procurador do MP declarou que o adolescente “tinha 15 anos e era sexualmente inexperiente”.

Terão praticado sexo oral “mútuo”, e no fim do encontro o deputado municipal enviou ao adolescente um código para levantamento de 20 euros, por MBWay.

A idade legal de consentimento são 16 anos, mas quando há dinheiro envolvido são 18 anos. O dirigente do Chega terá ainda pedido “nudes” ao adolescente e tentado voltar a encontrar-se com ele, o que apenas não aconteceu por vontade do menor.

O MP acusa o arguido de ter agido “com o propósito concretizado de, para satisfazer os seus instintos libidinosos, praticar com o assistente os atos sexuais descritos” a troco de “dinheiro”.

Contactado pelo mesmo jornal, Pardal Ribeiro não nega ter-se encontrado com o menor, mas garante ter conhecido “a pessoa em questão numa app de encontros para maiores de 18 anos”.

Agora, pode enfrentar até 3 anos de prisão. Segundo a legislação,”quem, sendo maior, praticar ato sexual de relevo com menor entre 14 e 18 anos, mediante pagamento ou outra contrapartida, é punido com pena de prisão até 3 anos”. Porém, como a acusação é agravada, a pena de prisão pode estender-se até aos 5 anos.

Pardal Ribeiro terá então de tentar provar que não sabia que o jovem era menor. Mas a tarefa será difícil, uma vez que, para além das declarações do adolescente, servem também como prova as mensagens trocadas entre os dois na rede social e até fotografias.

Para além da política, o dirigente do Chega foi cavaleiro tauromáquico Profissional, e é Presidente da Associação Nacional de Toureiros e Presidente do Fundo de Assistência dos Toureiros Portugueses. É também CEO de uma agência de eventos e comunicação.

Esta quinta feira, o deputado da Assembleia Municipal renunciou ao mandato.

Deputado regional conduzia com 2,25 g/l de álcool no sangue

Este domingo, 2 de fevereiro, José Paulo Sousa, deputado do Chega na Assembleia Regional dos Açores, foi parado por uma operação STOP da PSP durante a madrugada.

Segundo avançou o jornal Açoriano Oriental, o deputado açoriano (região também do deputado do Chega que roubava malas em aeroportos, Miguel Arruda) foi apanhado com um percentagem de 2,25 g/l de álcool no sangue, o que constitui um crime.

Facebook / José Paulo Sousa

O deputado da AR Açores José Paulo Sousa

É proibido conduzir com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 g/l, e um nível de álcool igual ou superior a 1,2 g/l já é considerada um crime e a carta de condução pode ser apreendida durante 3 meses a 3 anos. Este crime é ainda punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.

“Venho expressar, de forma clara e sincera, o meu profundo arrependimento pelo erro grave que cometi […] Foi uma escolha irracional, da qual me envergonho”, desculpou-se já o deputado regional num post no Facebook.

Uma fonte do Chega-Açores disse ao jornal açoriano que o assunto será discutido  reunião do grupo parlamentar, a realizar na próxima segunda-feira.

ZAP //

3 Comments

  1. Ora vejam só! Afinal, a malta chegana, tão tradicionalista, impoluta, honesta e moralmente irrepreensível…é igual a toda a gente – só talvez mais brega. Bem prega Frei Tomás, olha o que ele diz, não o que ele faz.

    • Seria estranho se não fossem como os outros… agora a questão se é que foi assim, é o que a criatura menor estava a fazer numa app para adultos, se houve a confirmação da idade nas conversas do WhatsApp e o supostamente ter-lhe perguntado a idade e o rapaz respondido 15 e como isto chegou às autoridades, os tribunais que julguem. Os políticos deviam dar o exemplo, apanhado com taxa de álcool considerado crime devia ficar suspenso de imediato, tal como qualquer cidadão deveria ficar de imediato sem carta, as leis são muito brandas neste país.

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