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Compensar empresas pelo aumento do salário mínimo irá custar 100 milhões de euros

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António Cotrim / Lusa

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira

Se o Governo avançar com a solução adotada este ano para compensar as empresas pelo aumento do salário mínimo, o custo poderá ser 72% superior.

À saída da reunião da Concertação Social, que aconteceu esta terça-feira, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que o Governo está disponível para avançar com medidas para apoiar as empresas a absorver o aumento do salário mínimo nacional para 705 euros no próximo ano.

O governante disse que as medidas serão discutidas numa próxima reunião com os parceiros sociais, marcada para dia 26, tendo explicado que irá ser decidido se irão abranger a generalidade das empresas ou apenas alguns segmentos específicos.

Este ano, para compensar as empresas pelo aumento de 30 euros no salário mínimo, para um total de 665 euros, o Executivo socialista avançou com uma solução que passou por devolver aos empregadores uma parte da Taxa Social Única (TSU).

Ora, de acordo com os cálculos do Jornal de Notícias/Dinheiro Vivo, se o Governo recuperar a solução adotada este ano, o custo poderá ser 72% superior. O custo potencial poderá passar de 62,2 milhões de euros para 99,8 milhões.

Como explica o matutino, estes valores têm por base a eventual disponibilidade do Estado de suportar 84% do encargo adicional da TSU das empresas e a subida de 40 euros prevista no salário mínimo do próximo ano.

Além disso, estes cálculos têm também em conta um maior universo de abrangidos pelo salário mínimo, que em junho era de 893,2 mil trabalhadores, quando no apoio deste ano o Governo fez contas apenas para 742 mil.

De acordo com Siza Vieira, a eventual recuperação desta medida será acomodável num regime de governação em duodécimos até à aprovação de um novo Orçamento do Estado, uma vez que o subsídio está contemplado nas dotações do OE2021.

ZAP //

7 Comments

  1. Compensar empresas?????
    Chuparem ainda mais do estado e não darem de volta os ganhos a quem os ajuda a ganhar???
    Mas será que já não chega????

  2. 100 milhões para a casita no Algarve, para o Porche, para a amante, para as almoçaradas, para umas feriazitas no Brasil… País de nojo este… Esta pedincha existe em mais algum país do mundo?

  3. O aumento representa um encargo muito grande para as empresas, para manter os lucros (o objectivo de uma empresa é dar lucro, nem todos podem ser como a TAP) vão ter de aumentar os preços, seguindo em cascada, se a matéria prima aumenta na fonte, tudo o que daí deriva aumenta para compensar esse novo valor e adiciona para compensar também os seus próprios encargos com os salários.

    Matemática simples e sem grande ciência, aumentamos 30 euros a quem ganha menos, mas o resultado é um aumento de 50 ou 60 euros para toda a sociedade … e claro um encaixe superior para o governo porque 21% de iva significa mais dinheiro se o valor onde se aplica for superior.

    Com esta medida satisfaz-se os sindicatos, os populares e o governo.
    Mas todos ficamos mais pobres.
    As empresas que não aguentarem, fecham e lá vão mais uns quantos para o desemprego, mas não á problema que o governo (todos nós) paga / pagamos.

    Se realmente se quer aumentar salários, o meio deveria de ser a redução de impostos com obrigatoriedade de encaminhar esse valor para massa salarial e haver fiscalização.

    Se querem aumentar a qualidade de vida, haveria que baixar o custo do produto final, basta reduzir o IVA (e uma vez mais fiscalizar que não haveria aumento de preço base para compensar a redução de IVA)

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