Como já todos sabíamos, “k” é oficialmente a pior mensagem que podemos enviar

Um novo estudo revela que responder a uma mensagem apenas com a letra “k” é mais odiado do que simplesmente ficar pendurado em “mensagem vista”.

A letra “k” é a inacreditavelmente curta abreviatura de uma resposta já de si bastante curtinha: “ok”. Não é propriamente uma resposta simpática ou elaborada.

Agora, um estudo confirmou o que todos suspeitávamos: “k” é oficialmente o pior texto que se pode enviar.

Pode parecer inofensiva, mas esta única letra tem o poder de encerrar uma conversa e deixar o destinatário de cabeça perdida.

De acordo com o estudo, recentemente publicado no International Journal of Mobile Communications, a resposta “k” foi classificada como a pior recebida em conversas digitais — pior do que ser deixado em “mensagem vista”, e por alguns considerada mesmo uma resposta “claramente passivo-agressiva“.

Esta curta resposta sinaliza frequentemente distância emocional, agressão passiva ou total desinteresse. Apesar da sua brevidade, “k” carrega um surpreendente peso emocional, consideram os utilizadores inquiridos no estudo.

Adicionar uma letra extra, tornando a resposta um “kk”, suaviza completamente o tom da resposta. Variantes como “ok” ou “okay”, embora ainda frias, tendem a ser interpretadas como neutras ou meramente formais.

Muitas das nossas conversas diárias acontecem por mensagem de texto, o que significa que agora existem códigos de conduta não verbalizados a seguir — uma espécie de etiqueta das mensagens digitais.

Se quiser abrir-se sobre as suas emoções, mas não quiser parecer muito sério, certifique-se de que junta um “lol” no final das mensagens, para mostrar que está apenas num estado brincalhão e divertido, e não suicida, sugere a Fast Company. Está dar conselhos a um amigo pelos quais não quer ser responsabilizado? Adicione um “ns” (não sei) no final da frase para mitigar a culpabilidade.

Sinais não verbais como tom, expressões faciais e linguagem corporal podem ser difíceis de transmitir através dos nossos telemóveis, deixando a porta aberta para mal-entendidos e interpretações erradas.

Por vezes, diferenças geracionais também afetam a forma como enviamos e interpretamos textos. Segundo os autores do estudo, em alguns casos,  comunicações textuais mal interpretadas são fatais para os relacionamentos. Alguns utilizadores têm consciência o poder do “k” e estão dispostos a usar a letra como arma para servir os seus próprios motivos.

Um utilizador do X chamou à resposta k “o equivalente digital a bater com a porta enquanto mentemos contacto visual fixo”. Outro acrescentou: “K é abreviatura de ‘para mim, morreste‘.”

Há no entanto quem defenda a conveniência de responder com uma só letra: “Aprendi que quando me perguntam como estou, em vez de responder com um testamento a explicar como me sinto, deveria apenas escrever ‘k’ e enviar. Não faz sentido desperdiçar as suas valiosas palavras”, diz um utilizador.

Segundo um dos utilizadores inquiridos no estudo, só há uma resposta muito pior do que responder com um k, e tem muito mais letras: “precisamos de conversar“.

ZAP //

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