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O cometa Atlas parece estar a desintegrar-se (e pode não ser visível a olho nu)

Nos últimos dias, o brilho do cometa Atlas (C/2019 Y4) enfraqueceu à medida que este corpo se aproximou do Sol, levando a comunidade científica a questionar se pode estar à vista uma possível desintegração. 

Observações conduzidas nos últimos dias indicam que o cometa, descoberto em dezembro de 2019, pode estar em “perigo” na sua jornada rumo ao Sol, contrariando as expectativas de que seria visível a olho nu no Hemisfério Norte em meados de maio.

“[O C/2019 Y4] brilhou intensamente até meados de abril e demonstrou que talvez pudesse até ser visível a olho nu em maio. No entanto, o seu brilho estanou e começou a enfraquecer lentamente”, explicou à Newsweek Terry Levejoy, um conhecido astrónomo amador que descobriu até agora seis cometas.

“A aparência em torno do núcleo do cometa também mudou, sugerindo que o núcleo – o seu centro sólido – pode ou está em processo de fragmentação, estando a desativar-se ou até a desintegrar-se. São necessárias futuras observações para determinara a natureza exata daquilo que está a ocorrer”, afirmou.

O cometa – ou aquilo que “sobrou” deste corpo – está atualmente na órbita de Marte, devendo a sua aproximação máxima à Terra ocorrer a 23 de maio.

A 31 do mesmo mês deverá aproximar-se do nosso astro.

O objeto foi descoberto pelo Sistema de Último Alerta de Impactos Terrestres de Asteroides (ATLAS), um sistema robótico de mapeamento astronómico sediado no Havai e apoiado pela agência espacial norte-americana (NASA), cuja missão passa por detetar cometas e asteróides que se aproximam da Terra.

“Os cometas são construções frágeis compostas principalmente por gelo e poeira, sendo alguns conhecidos por se partirem e se despedaçarem juntoo Sol”, rematou Yeomans.

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