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John Melendez ligou para a Casa Branca, fingiu ser Robert Menendez, senador democrata de Nova Jérsia, e falou com Donald Trump sobre imigração e justiça.
O comediante John Melendez garante ter falado ao telefone com o Presidente norte-americano Donald Trump, fazendo-se passar pelo senador democrata de Nova Jérsia, Robert Menendez.
Nem a Casa Branca nem o próprio senador comentara publicamente esta situação, mas a voz que se ouve na gravação, transmitida no podcast do comediante, é muito semelhante à de Donald Trump.
Segundo Melendez, bastou uma hora e meia para conseguir enganar a Casa Branca e falar com Trump. O comediante telefonou para a Casa Branca fingindo ser um assessor do senador e pediu para entrar em contacto com o Presidente dos Estados Unidos.
Alguns minutos depois, o comediante recebeu um telefonema do assessor e genro de Trump, Jared Kushner, que passou a chamada ao Presidente. Ambos aparentavam estar a bordo do Air Force One, adianta o Público.
“Olá, Bob. Como estás? Parabéns por tudo, estamos muito orgulhosos de ti“, foi assim que Donald Trump iniciou a conversa com o suposto senador, referindo-se a um caso de corrupção contra o democrata, do qual foi absolvido no ano passado. “Passaste por uma situação dura e penso que não foi uma situação muito justa, mas parabéns”, continuou.
A conversa decorreu normalmente, até que tomou o rumo da imigração e das centenas de famílias separadas na fronteira com o México. Sobre este assunto, Trump garantiu que a resolução deste problema é a sua principal prioridade neste momento.
Anthony Kennedy foi também assunto durante a conversa telefónica, com Donald Trump a afirmar que irá escolher um substituto para o ex-juiz do Supremo nos próximos “dez ou 14 dias”.
À CNN, o comediante admitiu ter alterado a sua voz “para uma pronúncia inglesa”. “Eu simplesmente não acreditei que foi preciso uma hora e meia para termos Jared Kushner e Donald Trump ao telefone no Air Force One”, confessa Melendez.
Ainda assim, o comediante admite que não era muito difícil descobrir que tudo não passava de uma mentira. “Tudo o que precisavam de fazer era perguntar-me de que partido é o senador Menendez, ou de que estado é, e eu não saberia responder.”
