O comandante do avião moçambicano que se despenhou na Namíbia no final de novembro precipitou “intencionalmente” o aparelho contra o solo, provocando 33 mortos, revelou o inquérito preliminar divulgado este sábado.
As caixas negras do avião comprovam que o comandante Hermínio dos Santos Fernandes tinha a “intenção clara” de fazer despenhar o avião que pilotava, indicou em conferência de imprensa João de Abreu, presidente do Instituto moçambicano da aviação civil (IACM).
“Ouvem-se também insistentes batidas na porta do cockpit, batidas essas que também foram ignoradas pelo comandante”, afirmou João Abreu, citado pelo jornal moçambicano “A Verdade”.
As investigações preliminares à queda do Embraer da companhia de bandeira moçambicana LAM, em dia 29 de novembro, já tinham descartado a possibilidade de falhas mecânicas terem originado o desastre.
Na ocasião, João de Abreu, assegurou que os elementos retirados das caixas negras e do local do acidente, na Namíbia, revelaram a inexistência de falhas mecânicas no aparelho.
O acidente ocorreu na floresta da zona fronteiriça entre a Namíbia e o Botsuana, matando todas as 33 pessoas que nele viajavam – 27 passageiros e seis tripulantes.
Entre as vítimas do acidente havia sete portugueses, dois dos quais com dupla nacionalidade. Segundo a LAM, seguiam a bordo seis tripulantes e 27 passageiros: cinco portugueses, dez moçambicanos, nove angolanos, um francês, um brasileiro e um chinês.
/Lusa