José Sena Goulão / LUSA
A líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Alexandra Leitão
O PS e o Chega têm ambos 14 deputados que são também candidatos nas eleições autárquicas e terão agora de decidir se vão permitir que acumulem duas candidaturas.
A proximidade entre as eleições legislativas e autárquicas está a gerar incertezas entre os partidos, que ainda não decidiram se permitirão que candidatos a câmaras municipais integrem também as listas para a Assembleia da República. O PS e o Chega são os partidos com situações mais complexas, com 14 deputados de cada partido a concorrer a cargos autárquicos.
No Partido Socialista, a líder parlamentar Alexandra Leitão é candidata à Câmara de Lisboa, podendo ter de abandonar o Parlamento se a direção decidir excluir candidatos autárquicos das listas legislativas.
Outros nomes relevantes do PS nessa situação incluem os ex-ministros Manuel Pizarro (Porto), Ana Abrunhosa (Coimbra) e Ana Mendes Godinho (Sintra). Ricardo Costa, deputado candidato à Câmara de Guimarães, já anunciou que não se recandidata ao Parlamento.
No PSD, o impacto é menor, com apenas um caso relevante: Ricardo Araújo, candidato à Câmara de Guimarães, que pode acumular ambas as candidaturas caso o partido permita.
O Chega enfrenta o maior desafio relativo, pois os 14 deputados candidatos correspondem a quase 30% da sua bancada. Entre os nomes de peso está Pedro Pinto, líder parlamentar do partido que é também candidato à Câmara de Faro, uma autarquia considerada estratégica para o partido, que foi o mais votado no Algarve nas últimas legislativas. Outros candidatos incluem Rita Matias (Sintra), Rui Paulo Sousa (Amadora) e Filipe Melo (Cascais), entre outros.
Até o momento, PS, PSD e Chega não esclareceram se impedirão a acumulação de candidaturas. No PS e no Chega, o tema é sensível, enquanto o PSD deverá conceder a liberdade de escolha aos seus candidatos.
