Académicos britânicos que estudaram a atividade de ‘trolls’ com comentários agressivos nas redes sociais surpreenderam-se com a atividade em torno do caso do desaparecimento de Madeleine McCann e apelaram à implementação de regras para combater os insultos.
Quando decidiram estudar o comportamento destas pessoas, que escrevem mensagens ou comentários agressivos em espaços de discussão pública com o objectivo de desestabilizar, uma equipa de investigadores do departamento de Psicologia da Universidade de Huddersfield escolheu analisar o caso McCann.
“Eles foram o grupo considerado mais adequado para iniciar a nossa investigação devido à sua história, por estar activa há muitos anos, e também devido ao volume de actividade em que estão envolvidos, que era de 150 ‘tweets’ por hora“, explicou à agência Lusa o psicólogo John Synnott, um dos autores do estudo.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
Os pais e um outro britânico, Robert Murat, foram constituídos arguidos pelas autoridades judiciais portuguesas em julho de 2007, mas, a 21 de julho de 2008, a Procuradoria-Geral da República determinou o arquivamento das suspeitas.
O caso motivou uma grande cobertura mediática e surgiram numerosas teorias sobre o que terá acontecido, mas nem a polícia portuguesa nem a britânica, que continua a investigar, descobriram o que aconteceu.
Intitulado Trolling online: O caso de Madeleine McCann, o estudo analisou comportamentos e estratégias de um grupo de supostos ‘trolls’ na rede social Twitter, referidos como anti-McCann devido aos ataques contínuos aos pais, Kate e Gerry McCann, contra aqueles que os apoiam, identificados como pró-McCann.
O artigo foi publicado na edição de junho da revista ‘Computers in Human Behaviour‘, dedicada ao estudo de computadores de uma perspectiva psicológica.
Em conjunto com Andria Coulias e Maria Ioannou, John Synnott estudou uma amostra de 400 ‘tweets’ relacionados com os McCann obtidos de 37 contas e contendo um total de 7.600 palavras.
O estudo concluiu que a linguagem usada, frequentemente rude e ignorante, ajudou a construir uma identidade e coesão destes ‘trolls’, que estão relativamente organizados, alimentando páginas electrónicas e fóruns sobre o caso.
“Eles comentam sobre histórias que surgem relacionadas com o caso ou confrontam outros utilizadores, por exemplo pró-grupo McCann, que promovem uma narrativa contra a deles”, explicou.
O diretor do mestrado em Psicologia Investigacional da Universidade de Huddersfield acredita que este estudo pode contribuir para compreender o comportamento abusivo destas pessoas e contribuir para o seu combate.
Uma das medidas sugeridas é o fim do uso de pseudónimos em vez da verdadeira identidade, já que o anonimato encoraja muitas pessoas a agir desta forma.
Enquanto tal não acontecer, os McCann continuarão a ser objeto de ataques na Internet, mesmo 10 anos depois do desaparecimento da filha, acredita o académico, que prevê que “com o iminente aniversário de 10 anos do desaparecimento de Madeline, o nível de atividade online provavelmente aumentará”.
// Lusa
Caso Maddie
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30 Outubro, 2023 A PJ não esquece Maddie
Mais uma vez, se nota o poder e a influência contra os quem ousa apontar o dedos aos McCann!!
Não faço ideia do que se passa nessas redes sociais, mas parece-me perfeitamente normal que, depois de tudo o que se sabe sobre o caso, da insistência na tese de rapto (quando não há NADA que aponte nesse sentido!), e dos milhões gastos pelas autoridades britânicas (para NADA!), haja muita gente a achar que eles são culpados!!
Ou seja, esses “ataques” aos McCann, são apenas uma constatação do o óbvio e legitimo juízo que as pessoas fazem da situação!
O estudo da treta dessa universalidade é que é de estranhar, já que invés de se reunirem esforços para saber o que realmente aconteceu à criança, acham mais importante andar atrás dos que acusam os McCann…
coitadinhos dos Mcainn, querem desgraçar uma vida de um inestigador português só porque o homem têm a opinião dele em como suspeita deles, em primeiro eu e a minha mulher nunca deixava os meus filhos sózinhos (menores) espeçialmente nos anos de um deles, num pais estrangeiro, deviamos tirar-lhes os outros dois filhos para adopção como eles fazem lá nos england, com os nossos portugueses, culpados ou não , já o são só por neglegênçia
“anti-McCann”? “pró-McCann”? Que tal anti Madeleine McCann? Este grupo é constituido por apenas duas pessoas, um do sexo masculino e outro do sexo feminino. Como diria o Octávio Machado: “Vocês sabem do que eu estou a falar!…”
Há muito pessoal (no Mundo) que não tem nada que fazer nas Universidades, por isso perde tempo com coisas irrelevantes. E a imprensa vai atrás… E, por acréscimo, nós também.