Há mais de 300 milhões de anos, todo o tipo de aracnídeos rastejava pelas florestas carboníferas da América do Norte e da Europa. No entanto, um aracnídeo fóssil com 308 milhões de anos é agora um quebra-cabeças para os cientistas.
Na história dos aracnídeos existem aranhas bastante bizarras nestes habitats, pertencentes a grupos atualmente extintos. Entre estas espécies estranhas, uma destacou-se pelas suas patas com armadura.
Segundo um estudo publicado esta sexta-feira no Journal of Paleontology, o Douglassarachne acanthopoda, espécie de aracnídeo agora descoberta, é claramente muito diferente de qualquer aracnídeo previamente descrito desta ou de qualquer outra localidade.
“Este aracnídeo compacto tinha um comprimento de corpo de cerca de 1,5 centímetros e era caracterizado pelas suas pernas robustas e espinhosas. De tal forma que é completamente diferente de qualquer outro aracnídeo conhecido, vivo ou extinto”, afirma o autor principal do estudo, Paul Selden.
“As aranhas eram um grupo bastante raro, apenas conhecido nessa altura a partir de linhagens primitivas, e partilhavam estes ecossistemas com vários aracnídeos que há muito desapareceram”, diz coautor do estudo, Jason Dunlop, em comunicado ao EurekAlert.
O Douglassarachne acanthopoda é um exemplo de uma destas formas extintas. As patas espinhosas do fóssil lembram algumas aranhas modernas, mas o seu plano corporal é muito diferente de qualquer outro grupo de aracnídeos conhecido, que não pertence a nenhuma das ordens de aracnídeos conhecidas.
“O nome do género Douglassarachne foi dado em tributo à família Douglass, que doou o espécime ao Field Museum of Natural History, para estudo científico, quando se tornou evidente que representava uma espécie não descrita”, detalha Dunlop.
“O termo acanthopoda para a espécie refere-se às pernas espinhosas únicas e características do animal”, acrescenta Dunlop.
O fóssil em estudo foi descoberto numa espeleotema de argila-ferro nos anos 80 por Bob Masek e mais tarde adquirido pela David and Sandra Douglass Collection e exposto no Prehistoric Life Museum.
“O termo acanthopoda para a espécie refere-se às pernas espinhosas únicas e características do animal, que nos levou a concluir que “, acrescenta Dunlop. Esqueceu-se do resto da frase, Soraia…