Em 2021 quase dobrou o número de ataques na internet a organizações em Portugal. Neste ano a contabilidade deve aumentar ainda mais.
O ano 2021 foi marcado por um crescimento muito elevado no número de ciberataques a organizações. Portugal não escapou: em média uma organização foi atacada 881 vezes por semana, ao longo do ano passado.
Este valor não é o dobro dos registos de 2020 mas não ficou muito longe. No ano anterior, o primeiro da pandemia, foram contabilizados 487 ciberataques por semana, em média. Ou seja, de um ano para o outro, a subida foi de 81 por cento.
Os dados apresentados pela empresa Check Point Research indicam que o mês mais agitado foi o último, Dezembro. E há um motivo: a vulnerabilidade no Log4J, utilizado em aplicações escritas na linguagem de programação Java.
Organizações ligadas à educação e à saúde foram as mais atacadas, seguindo-se a administração pública/sector militar.
Olhando para os números de todos os países, verificamos que em 2021 o número de ciberataques por semana aumentou 50 por cento, em relação a 2020.
O maior aumento de todos, em relação a continentes, foi mesmo na Europa. Embora África, Ásia-Pacífico e América Latina sejam as regiões com mais ciberataques – no momento da elaboração deste artigo, e analisando os dados em directo, vemos que Nepal, Mongólia e Geórgia são os países com mais organizações atacadas.
Já os sectores mais afectados não diferiram muito, comparando com Portugal: educação/investigação e saúde, entre as organizações mais atacadas.
A Check Point Research explicou estes aumentos: “Novas técnicas de penetração nos sistemas e novos métodos de evasão fizeram com que fosse muito mais fácil para os hackers levar a cabo as suas intenções maliciosas”.
E ficou o aviso: em 2022 o número de ciberataques deve aumentar.
“Aplicações” e não “aplicativos”!!
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
De nada, obrigado.