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Se Kim Jong-un morrer de repente, “não me façam perguntas”, diz o diretor da CIA

Gage Skidmore / Flickr

O director da CIA, Mike Pompeo

O diretor da CIA, Mike Pompeo, desmente a ideia de que a agência de inteligência norte-americana tenha um plano para assassinar o líder da Coreia do Norte, mas admite que quer que a agência seja “muito mais maligna”.

A agência norte-americana de inteligência, CIA, considera que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, é um “personagem muito racional”, que está ficado em permanecer no poder tanto tempo quanto possível e “acordar na sua própria cama” cada dia que passa, diz o jornal chinês SCMP.

Mas se um dia o ditador norte-coreano não aparecer no seu gabinete para mais um dia de trabalho, não vale a pena fazer qualquer pergunta sobre o seu desaparecimento ao diretor da agência, Mike Pompeo.

“Quanto a Kim Jong-un… se ele um dia ‘desaparecer‘, tendo em conta a história da CIA, simplesmente não farei qualquer comentário“, afirmou Pompeo, quando questionado sobre o possível ‘desaparecimento‘ do líder norte-coreano, numa conferência da Fundação para a Defesa das Democracias.

Alguém poderia pensar que era uma coincidência. Tipo, ‘houve um acidente…‘. Não é nada proveitoso”, acrescentou Pompeo, arrancando um coro de gargalhadas entre os conselheiros e especialistas em segurança nacional presentes na conferência.

Segundo o jornal chinês, a agência norte-americana tem um historial negro de envolvimento em planos e conspirações para assassinar ou derrubar líderes de países estrangeiros, como o Irão, Cuba, Congo, Vietname e Chile.

Em maio deste ano, Kim Jong-un denunciou um plano da CIA para o assassinar, “mas não apresentou quaisquer provas disso”, realçou Mike Pompeo, que adiantou que tem intenção de transformar a CIA numa “agência muito mais maligna”.

(dv) KCNA / YONHAP / EPA

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

Pompeo considera ainda que os EUA devem estar preparados para um ataque de mísseis da Coreia do Norte, mas não explicou como planeia impedir este “último passo”.

A tensão entre Pyongyang e Washington intensificou-se ainda mais após manobras militares conjuntas dos EUA e Coreia do Sul, que incluíram o ensaio de um ataque contra a Coreia do Norte em caso de guerra. A Coreia do Norte, por sua vez, que diz recear a ameaça norte-americana, está a aumentar o seu potencial nuclear e de mísseis.

Em setembro, a Coreia do Norte anunciou o ensaio bem-sucedido de uma bomba de hidrogénio que, pelas avaliações dos especialistas japoneses e sul-coreanos, pode ter potência de 10 vezes superior à de uma bomba atómica. Este foi o sexto ensaio nuclear conduzido por Pyongyang.

ZAP // Sputnik News / SCMP

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