Chuva intensa e vento forte no fim de semana

O fim de semana vai ser marcado por chuva intensa e persistente no sul do país, agravando-se as condições meteorológicas nas regiões do sul no sábado e estendendo-se à região centro no domingo. De acordo com informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A região norte vai ser poupada pelo mau tempo, com precipitação fraca.

Em declarações à Lusa, a meteorologista Maria João Frada, do IPMA, adiantou que para esta sexta-feira está prevista nebulosidade baixa, neblinas ou nevoeiros matinais, que tenderão a persistir até ao meio da tarde, e vento fraco.

“No entanto, estamos a contar para o final do dia de hoje, na região do Baixo Alentejo e Algarve, devido a uma massa de ar quente associada a uma depressão, a ocorrência de precipitação, que começa por ser fraca e para o final do dia e madrugada de sábado vai aumentar de intensidade e frequência”, explicou.

De acordo com a meteorologista do IPMA, está previsto para o fim de semana um agravamento substancial do estado do tempo, em especial na região sul, nomeadamente no Algarve e na costa ocidental a sul do Cabo Raso.

Para sábado, o IPMA prevê períodos de chuva ou aguaceiros por vezes fortes e acompanhados de trovoada, nas regiões do sul a partir do final da madrugada e nas regiões do centro a partir do início da tarde até ao final do dia, em especial no Algarve e Baixo Alentejo. “Apenas a região norte vai ter precipitação fraca”, prevê o IPMA.

No domingo, os períodos de chuva vão ser, por vezes, forte e acompanhados de trovoada, nas regiões do sul e do centro, em especial no Algarve onde se prevê mais intensa e se prolonga até ao início da manhã de segunda-feira.

Maria João Frada destacou também que o IPMA prevê um aumento da intensidade do vento na região sul – Algarve e Baixo Alentejo – com rajadas da ordem dos 80 quilómetros por hora e de 90 nas terras altas.

“Adicionalmente, há a possibilidade de ocorrência de fenómenos extremos de vento, em especial na região sul. É uma situação gravosa que se deve à aproximação de uma depressão que vem do Atlântico e que vai aproximar-se da costa ocidental de Portugal continental e da costa ocidental sul em particular”, salientou.

Devido a esta situação, a meteorologista alertou para a possibilidade de precipitação forte com cheias.

“Vamos ter também ventos intensos. É muito provável que o IPMA emita aviso amarelo para sábado e depois muito provavelmente o aviso laranja”, indicou.

No que diz respeito às temperaturas, Maria João Frada adiantou que não vai haver alterações significativas em relação ao dia de hoje, apenas uma pequena subida da mínima nas regiões do centro e sul.

“Quanto a segunda-feira, existe ainda a probabilidade de a precipitação se manter na região sul”, concluiu.

Possíveis inundações e quedas de árvores

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) alertou para a possibilidade de inundações, formação de lençóis de água e queda de ramos ou árvores devido à previsão de chuva e vento para o fim de semana.

O aviso à população surge após o contacto realizado hoje pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da ANPC com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

 

No comunicado, a ANPC adianta que o vento vai soprar forte, entre sábado e segunda-feira, e, por vezes, com rajadas até 75 quilómetros por hora, no litoral a sul do cabo Mondego, e com rajadas até 90 quilómetros por hora, nas terras altas.

Face a estas condições meteorológicas, a Proteção Civil alerta para a possibilidade de piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo, cheias rápidas em meio urbano e inundações nas zonas historicamente mais vulneráveis, além da possível queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte.

A ANPC indica também que podem ocorrer possíveis acidentes na orla costeira.

Nesse sentido, a ANPC apela à população para adotar comportamentos adequados, principalmente nas zonas historicamente mais vulneráveis.

Entre as medidas, a ANPC recomenda a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas, adoção de uma condução defensiva e redução da velocidade.

Não atravessar zonas inundadas, garantir uma adequada fixação de estruturas soltas e ter especial cuidado na circulação junto a áreas com árvores e na orla costeira e zonas ribeirinhas são outros medidas preventivas sugeridas pela Proteção Civil.

ZAP / Lusa

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