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Chinesa pagou 6,5 milhões de dólares para filha entrar em Stanford. Agora, diz que se tratava de uma doação

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Cris Pierry / Flickr

Pátio no Campus da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos

Uma chinesa pagou 6,5 milhões de dólares (5,8 milhões de euros) para que a filha entrasse na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos (EUA). Agora, afirma que foi levada a pensar que estava a doar o dinheiro para uma fundação que ajudava estudantes.

Segundo avançou a Time, a mãe da estudante Yusi Zhao, identificada como Sra. Zhao, afirma ter doado o dinheiro para a fundação de William Singer em 21 de abril de 2017, a pedido do próprio, quase um mês após a filha ter recebido uma oferta da universidade, informou um comunicado divulgado na sexta-feira pelo seu advogado, Vincent Law.

Este é mais um dos casos do esquema fraudulento de acesso a universidades norte-americanas, tornado público em março. O escândalo envolveu pais abastados – entre os quais atrizes e empresários -, que colocaram os seus filhos em escolas de elite através de elevados pagamentos. O consultor William Singer, apontado como pivô do esquema, declarou-se culpado de extorsão, lavagem de dinheiro, fraude e obstrução da justiça.

A mãe de Yusi Zhao, indicou que a filha é “uma vítima” deste esquema. De acordo com a própria, a doação destinava-se a pagar “os salários do pessoal académico, bolsas de estudo, programas de atletismo e ajudar os estudantes que, de outra forma, não teriam recursos para frequentar a Universidade de Stanford”.

Para a mãe da estudante, a contribuição que fez não difere das doações realizadas por famílias abastadas para universidades de prestígio, acrescentando que não está familiarizada com o processo de admissão nas faculdades nas norte-americanas.

“A Sra. Zhao percebeu que foi enganada, que a sua generosidade foi aproveitada e que a sua filha foi vítima do esquema fraudulento”, frisou o advogado no comunicado.

De acordo com a nota informativa, a Sra. Zhao foi apresentada a William Singer através de um terceiro, tendo nessa altura ficado a conhecer a fundação de caridade, que lhe foi apresentada “como uma legítima e sem fins lucrativos, destinada a apoiar a educação”.

A Universidade de Stanford cancelou a matrícula de Yusi Zhao, que não é mais estudante naquele instituto de ensino, informou o New York Times. Num vídeo partilhado nas redes sociais chinesas, a estudante aconselha sobre como entrar em universidades americanas de prestígio, afirmando: “testei Stanford através do meu próprio trabalho duro”.

Zhao Tao, presidente da Shandong Buchang Pharmaceuticals, declarou no site da empresa, na sexta-feira, que a questão relativa aos estudos da sua filha nos EUA é um assunto de família e não afetará as operações comerciais.

A Shandong Buchang Pharmaceuticals, com sede em Heze, na província oriental de Shandong, listou na bolsa de valores de Xangai em novembro de 2016 e agora tem uma capitalização de mercado de 4,2 mil milhões de dólares (3,76 mil milhões de euros).

TP, ZAP //

2 Comments

  1. Com tantos milhões para que quer um canudo? Que seja feliz simplesmente e contrate professores particulares para ficar a saber mais que os encanudados.

  2. Universidades prestigiadas, perdão, privadas e chinocas endenheirados – estava-se mesmo a ver o resultado!…
    “Para a mãe da estudante, a contribuição que fez não difere das doações realizadas por famílias abastadas para universidades de prestígio, acrescentando que não está familiarizada com o processo de admissão nas faculdades norte-americanas.”
    Hahahaaaa… pois claro que não está “familiarizada”…
    Vai daí, oferece 6,5 milhões, que, costumam “familiarizar” quase tudo!…

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