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China vai vender petróleo de reservas estatais na tentativa de conter preços

A China anunciou, esta sexta-feira, que vai vender petróleo das suas reservas estatais, numa altura em que Pequim intensifica os esforços para conter pressões inflacionárias decorrentes do mercado das matérias-primas.

Em comunicado, o Gabinete Estatal de Reservas de Grãos e Matérias disse na quinta-feira que vai libertar petróleo na reserva para venda a refinarias domésticas, visando “aliviar a pressão [inflacionária] causada pelo aumento dos preços das matérias-primas”.

“Colocar petróleo bruto das reservas nacionais no mercado através de vendas em leilão aberto vai estabilizar melhor a oferta e a procura no mercado doméstico e garantir efetivamente a segurança energética nacional”, afirmou.

Outros grandes importadores de petróleo, como os Estados Unidos, recorrem periodicamente às suas reservas nacionais durante interrupções no fornecimento, mas esta é a primeira vez que a China anuncia publicamente a sua intenção de recorrer às suas reservas.

O país asiático ultrapassou os EUA como maior importador mundial de petróleo bruto, na década passada.

A administração das reservas não especificou quanto do petróleo vai ser libertado para o mercado.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados optaram, nas semana passada, por seguir o seu cronograma atual de aumento da produção, que foi cortada no início da pandemia, resistindo aos apelos de Washington para que a produção seja restaurada mais rapidamente.

Os preços do petróleo de referência global Brent subiram mais de 40%, em 2021, para cerca de 72 dólares por barril.

Desde o início do ano, a China intensificou os esforços para controlar o aumento dos preços das matérias-primas, que causaram uma inflação a nível global, incluindo de bens manufaturados, energia e alimentos.

Nos últimos dois meses, a Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas realizou pelo menos três leilões semelhantes para reservas estatais de vários metais, incluindo cobre, zinco e alumínio.

// Lusa

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