O ministério das Finanças chinês anunciou na segunda-feira que irá aumentar as tarifas aplicadas a uma série de produtos norte-americanos como retaliação pelo aumento decretado pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, às tarifas impostas aos produtos chineses no país.
Os aumentos serão dos 10% atualmente praticados para 20% ou 25%, conforme os produtos – exatamente o mesmo valor decidido por Washington para os produtos chineses. Contudo, como destacou o New York Times, as novas tarifas só entrarão em vigor a partir de 01 de junho, o que dá algum tempo às duas partes para continuarem a negociar.
Segundo avançou o Observador, o anúncio já era esperado pela administração norte-americana. “Calculo que eles irão retaliar. Vamos ver o que arranjam”, decretou o conselheiro económico de Donald Trump Larry Kudlow, citado pela rádio NPR.
A decisão de Pequim surgiu depois de o Presidente norte-americano ter anunciado na passada sexta-feira um aumento das tarifas impostas pelos EUA aos produtos chineses que entram no país e que representam um valor comercial de cerca de 200 mil milhões de dólares por ano.
Além disso, o Presidente utilizou o Twitter para atacar o Governo chinês e acusá-lo de estar “a roubar” os norte-americanos. “Acho que a China sentiu que estava a ser tão derrotada na última negociação que preferiram esperar pela próxima eleição, em 2020, para ver se têm sorte e se há uma vitória dos democratas – de maneira a que possam continuar a roubar os EUA no valor de 500 mil milhões de dólares por ano”, escreveu.
Larry Kudlow, contudo, adotou um tom mais moderado, como explicou a NPR, recusando a ideia de “guerra comercial” e destacando que as negociações continuam e que Donald Trump irá provavelmente encontrar-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, na próxima cimeira do G20, em junho.
A bolsa norte-americana reagiu de imediato ao anúncio da retaliação chinesa, com o índice Dow Jones a cair 460 pontos, indicou ainda o Observador.
Era de prever, quanto ao resultado possivelmente não vai ser bom para as duas partes e não só!.
As exportacoes dos USA para a China são quase nada, a China não tem armas para combater esta guerra.