Depois de os Estados Unidos terem aumentado as taxas alfandegárias na importação de aço e alumínio, chegou a vez da China retaliar e subir os preços de 120 produtos norte-americanos.
No final de março, os Estados Unidos confirmaram a guerra comercial que há muito se anunciava e impôs taxas aduaneiras em mais de 1000 produtos importados da China, apontando ainda restrições ao investimento chinês em território norte-americano.
Agora, a China decidiu responder a Donald Trump e agravar as taxas alfandegárias aplicadas a 120 produtos norte-americanos, como porco congelado.
Em alguns produtos, escreve o Observador, o agravamento das taxas alfandegárias ascende a 25% e representam cerca de 3 mil milhões de dólares exportados anualmente dos EUA para a China – contra os 49 mil milhões anuais que representam as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos chineses.
Fruta fresca e desidratada, bem como frutos secos e vinho, passam a pagar mais 15% em impostos na alfândega, ao passo que o porco congelado fica com a subida mais cara, 25%, das taxas, com o “fim das concessões tarifárias” anunciado pelo Ministério do Comércio da China.
O governo chinês refere que a intenção destas medidas é “salvaguardar os interesses do país e da indústria”. No entanto, as autoridades decidiram não agravar as taxas sobre todos os produtos.
A soja, muito importante para o comércio entre os dois países, ficou de fora, o que pode ser lido como um sinal de que a China quer evitar uma guerra comercial total com os EUA. “Sendo as duas maiores economias do mundo, a cooperação é a única opção correta”, afirmou o Ministério do Comércio.
Quando os EUA anunciaram as tarifas sobre produtos chineses, Donald Trump insistiu, durante numa intervenção feita a partir da Casa Branca, que a China é um país “amigo” e que tem “imenso respeito pelo presidente Xi Jinping”. Também enfatizou a sua excelente relação pessoal com o seu homólogo chinês.