As autoridades chinesas multaram o gigante’ de comércio online Alibaba em 18,2 mil milhões de yuan (equivalente a 2,33 mil milhões de euros) por abuso de posição dominante, noticiou este sábado a imprensa estatal na China.
A multa segue-se a uma investigação contra a Alibaba que começou em dezembro. O grupo foi acusado de exigir exclusividade aos comerciantes que desejavam vender os seus produtos na plataforma, contornando os sites de compras online rivais.
O montante foi determinado após os reguladores terem decidido multar o grupo em 4% das suas receitas de 2019.
Alibaba e outras grandes empresas tecnológicas chinesas estão a enfrentar pressões das autoridades, preocupadas com a sua crescente influência no país, onde os consumidores utilizam estas plataformas para comunicar, fazer compras, pagar contas, reservar táxis, contrair empréstimos e uma série de outras tarefas diárias.
A Alibaba, em particular, tem estado sob escrutínio desde outubro. Na altura, o co-fundador Jack Ma acusou os reguladores chineses de estarem ultrapassados, por expressarem preocupação com a expansão do braço financeiro de Alibaba – o Grupo Ant -, focado na concessão de empréstimos, gestão de riqueza e seguros.
O multimilionário – que era, até maio, o homem mais rico da China – também lamentou que os bancos chineses continuem a operar com uma forte mentalidade de “loja de penhores”, exigindo garantias antes de emprestar — um modelo que não alimenta o crescimento futuro, segundo Jack Ma.
Em vez disso, o fundador do grupo Alibaba defende o estabelecimento de um novo sistema bancário inclusivo e universal.
Depois destas declarações, Ma deixou de aparecer em público e a imprensa internacional tinha especulado sobre o seu paradeiro, chegando mesmo a utilizar o termo “desapareceu” após o atrito que teve com o Governo chinês, que forçou a suspensão da Oferta Pública Inicial da sua empresa Ant Group. O grupo seria objeto da maior oferta pública de aquisição da história.
Várias semanas depois, o multimilionários reapareceu numa reunião virtual com professores rurais, após meses de incerteza sobre o seu paradeiro.
Ma deixou a presidência de Alibaba em 2019, 20 anos após a sua fundação, e não exerce quaisquer cargos executivos, embora seja acionista maioritário da empresa.
ZAP // Lusa
Toma lá Jack, que para aprenderes a não criticar o regime chinês em público!…
Não demorou muito a receber o “troco” e, assim já ficou a conhecer melhor o seu país…