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Chega entregou voto contra o Presidente da AR, mas a discussão depende do próprio Ferro

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Mário Cruz / Lusa

O deputado do Chega, André Ventura

O Chega entregou no Parlamento um voto de condenação contra do Presidente da República, Ferro Rodrigues, devido às suas declarações ao semanário Expresso.

“Tenho que parar isto a tempo e não tolerarei tentativas de desprestigiar as instituições democráticas, seja o Governo, os partidos, o Parlamento ou o Presidente da República”, disse Ferro Rodrigues na semana passada, acusando ainda o deputado único do Chega, André Ventura, de “querer passar todos os limites”.

Tal como observa o Expresso, a discussão deste voto, um de quatro que vai a plenário esta sexta-feira, depende do consentimento do próprio Ferro Rodrigues.

O voto de condenação do Chega é datado de 18 de dezembro, um dia depois de o seu deputado único se ter encontrado com o Presidente da República.

André Ventura e Ferro Rodrigues envolveram-se numa troca mais acesa de palavras no Parlamento, no passado dia 13 de dezembro. O presidente da Assembleia da República fez uma advertência por utilizar com “demasiada facilidade” as palavras “vergonha” e “vergonhoso” durante as suas intervenções no parlamento.

“O senhor deputado utiliza com demasiada facilidade as palavras vergonha e vergonhoso, o que ofende muitas vezes este parlamento e ofende-o a si também”, afirmou Ferro Rodrigues, que foi aplaudido pela bancada socialista.

André Ventura pediu depois a palavra para “defesa da honra” (uma figura regimental): “Penso que um deputado usa as expressões que são legítimas no contexto que entender legítimo” em nome da liberdade de expressão. Ferro respondeu: “Não há liberdade de expressão quando se ultrapassa a liberdade dos outros, que é o que o senhor faz”.

No final da sessão parlamentar, André Ventura acusou Ferro Rodrigues de o ter mandado calar durante e anunciou um pedido de audiência urgente ao Presidente da República.

O parlamentar do Chega disse ainda que espera um pedido de desculpa formal por parte do segundo magistrado da nação. “Os factos que hoje ocorreram nesta casa são de uma tremenda e extraordinária gravidade. Além de o Presidente da Assembleia da República, a segunda figura do Estado português, ter mandado calar um deputado eleito por um partido e pelo povo português, não lhe permitiu depois o direito ao exercício da defesa da honra, quebrando e coartando esse direito”, lamentou Ventura.

ZAP //

 

 

2 Comments

  1. Pura provocação e desrespeito tem os seus limites !!!!……….. O Parlamento já tinha provocadores profissionais que chegue a receber um bom salário !… não eram preciso mais oportunistas e populistas, que nada acrescem as politicas Sociais!

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