O partido Chega, liderado por André Ventura, vai realizar um jantar no Mercado Ferreira Borges, no Porto, esta sexta-feira, e anunciou que parte da receita reverte para o serviço de Oncologia Pediátrica do S. João. Porém, o hospital diz não saber de nada.
Começou a circular nas redes sociais esta semana um cartaz de André Ventura que anuncia o evento com o deputado e com a informação de que parte da verba angariada reverte para a aquisição de equipamentos para o serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de S. João, no Porto. As inscrições no jantar incluem um donativo de 1,5 euros por pessoa que reverterá para o hospital.
Questionado pelo Jornal de Notícias, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de S. João disse que “desconhece a iniciativa e nunca foi contactado para este fim”.
Por outro lado, em declarações ao JN, o Chega adiantou que a organização do jantar solidário está a cargo de Jorge Pires, o fundador da Associação Pediátrica Oncológica do São João.
Jorge Pires explicou ao mesmo jornal que foi convidado por André Ventura para representar o Chega no Porto, o que deverá ser formalizado no dia 1 de fevereiro. Em declarações ao semanário Expresso, Jorge Pires disse que aceitou o desafio de Ventura por se “rever” nos valores fundamentais do Chega.
“Tal como o André, sou uma pessoa de direita, defendo o valor da família como base da sociedade e sou contra o aborto e a eutanásia”, confessa Jorge Pires, frisando que aceita “com vontade e orgulho” ser o representante do Chega na região do Porto.
Na sequência do convite, Jorge Pires envolveu-se na organização do jantar no Mercado Ferreira Borges, que “já tem entre 400 a 500 inscrições” de pessoas com entre 16 e 80 anos. Jorge Pires garantiu ainda que falou com a diretora do Serviço de Oncologia Pediátrica do S. João que lhe pediu para identificar os equipamentos que são necessários no serviço para que a doação fosse feita em meios técnicos, em vez de dinheiro.
Ainda assim, o Conselho de Administração do Hospital de S. João manteve a anterior resposta de que não tinha informação sobre o assunto.
Estes gostam de fazer “circo”…
E TU gostas de não fazer nenhum, e andar por aui a polir as esquinas a mandar postas de pescada. Vai trabalhar malandro…!!!
Olha, olha… espera aí, que eu já te atendo!…
O objetivo é bom mas, a metodologia é estranha. Gostava de saber se a direção desse hospital teve ou não conhecimento de tal evento e, sendo verdade que a diretora do Serviço de Oncologia Pediátrica do S. João foi abordada para identificar os equipamentos que são necessários no serviço para que a doação fosse feita em meios técnicos, parece-me que tudo seria mais claro se a pessoa que falou com a diretora tivesse pedido que ela assinasse o papel de que tal conversa ocorreu e, se isso existisse, já não haveria dúvidas que o Conselho de Administração do Hospital de S. João tinha informação sobre o assunto. Julgo que desse modo, muitas mais pessoas estariam presentes neste jantar solidário, independentemente de serem de “direita ou da esquerda”; estariam pessoas que realmente querem ajudar a causa, já que o nosso “desgoverno tudo promete e quase nada faz em prol dessas crianças.