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Se o chefe da Força Aérea alemã disser outra vez F-35, será despedido

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Enquanto a Alemanha continua a analisar opções para substituir os antigos caças Tornado, o chefe da Luftwaffe (Força Aérea alemã) será literalmente despedido se disser mais uma vez em público “F-35”, o nome do caça norte-americano.

“Como me disseram fontes da Luftwaffe, se o chefe da Força Aérea alemã disser F-35 outra vez, será despedido. Parece que os líderes políticos continuam a preferir opções da União Europeia (caças nucleares modernizados Eurofighter Typhoon ou caça europeu que ainda não existe)”, disse Christian Theils, jornalista e especialista militar alemão no Twitter.

Em novembro, o chefe da Força Aérea da Alemanha, tenente-general Karl Muellner, disse que o departamento precisa de um avião “de quinta geração” para “satisfazer todas as nossas necessidades”. A afirmação foi considerada um sinal de que Alemanha optaria por caças norte-americanos F-35, conhecidos pelas numerosas falhas e o preço elevado.

A Luftwaffe pediu informações sobre aviões de combate tais como F-35, F-15, F/A-18 e Typhoon europeu, mas destes apenas o F-35 corresponde ao critério “de quinta-geração”.

Posteriormente, os militares alemães distanciaram-se da preferência pelo F-35 expressada por Karl Muellner. Em particular, o vice-ministro da Defesa, Ralf Brauksiepe, afirmou em dezembro que Berlim considera como opção principal o Eurofighter Typhoon, enquanto F-15, F/A-18 e F-35 são apenas “segundas escolhas”.

A aquisição de caças norte-americanos F-35 pode ser politicamente prejudicial devido ao projeto anunciado nos últimos anos pela Alemanha e França de desenvolver um caça de quinta geração, possivelmente em cooperação com outros países europeus.

Porém, alguns analistas duvidam que França e a Alemanha sejam capazes de financiar essa iniciativa sem sacrificar orçamento destinado a programas sociais.

8 Comments

  1. O último parágrafo acertou em cheio num ponto algo embaraçaso para a UE. A verdade é que esse Estado Social de que a UE tanto gostar de se vangloriar quando se compara aos EUA, é financiado com dinheiro que não vai para a manutenção e modernização da sua capacidade militar. Por outras palavras, a Europa troca capacidade militar por programas sociais. E pode fazê-lo porque sabe que vive sobre a proteção militar dos EUA.

    • Também seria a coisa mais idiota do mundo se a Europa tivesse um programa de proteção social como os EUA. Provavelmente, dentro de década e meia os aviões terão um papel residual do ponto de vista militar, como aliás têm hoje os carros de combate, porque não será a defesa o problema maior dos países e das regiões mas, sim, a questão ambiental

  2. Zap, há um “F-45” no segundo parágrafo (depois da citação do tweeter) que obviamente é um erro tipográfico. (tanto quanto se sabe, ainda não há um F-45)

  3. As capacidades bélicas do Eurofighter Typhon são bem melhores que as do F-35, só como exemplo, o Typhon atinge a velocidade máxima de Mach 2 enquanto que o F-35 fica-se pelos Mach 1.6, o Typhon também atinge maiores altitudes, o preço do Typhon também é bem mais baixo. A comparar com o Typhon apenas o avião Russo Sukhoi Su-57, que é melhor em termos de capacidades bélicas e é ainda mais barato, o preço deste último que ronda os 50 milhões de Eur fica bem abaixo de metade do valor de um F-35.

    • E se estiver equipado com os goodyear f1 assimetric é que é! Até dá para fazer as curvas mais depressa.
      Ó amigo, olhe que isto não é só por ter uns óculos à Top Gun que passa a dominar os ares.

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