O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, rejeitou a ideia de anexar a Gronelândia proposta por Donald Trump.
“A ideia expressa sobre a Gronelândia não é obviamente uma boa ideia, mas talvez mais importante, não vai acontecer”, disse Antony Blinken, chefe da diplomacia e secretário de Estado dos EUA, numa conferência de imprensa em Paris, na sua última viagem ao estrangeiro antes de deixar o cargo.
“A ideia expressa sobre a Gronelândia não é boa, não vai acontecer e não devemos perder tempo a falar sobre isso”, disse ainda Blinken, citado pelo Politico.
Donald Trump, que tomará posse no próximo dia 20 de janeiro, declarou no mês passado que a “propriedade e o controlo” do território, que pretendia adquirir durante a sua primeira presidência, é “uma necessidade absoluta” para a segurança nacional dos EUA.
Após a visita privada do seu filho mais velho, Donald Trump Jr., à Gronelândia, na terça-feira, o Presidente eleito não excluiu, numa conferência de imprensa no mesmo dia, um hipotético recurso à força militar ou à imposição de tarifas à Dinamarca para assumir o controlo da ilha.
Esta ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.
Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação.
Embora a maioria dos partidos e a população defendam a separação da Dinamarca, metade do orçamento da ilha depende da ajuda anual de Copenhaga e as tentativas de obter receitas da sua riqueza mineral e petrolífera falharam até agora devido às dificuldades e ao elevado custo da extração.
Os EUA mantêm uma base militar no norte da Gronelândia ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.
Ainda na capital francesa, o chefe da diplomacia cessante norte-americana desvalorizou declarações recentes de Elon Musk de apoio a várias figuras políticas de extrema-direita na Europa, considerando que o bilionário norte-americano e próximo de Trump está a falar como um “cidadão privado”.
“Os cidadãos privados no nosso país podem dizer o que quiserem”, disse, acrescentando ainda que “Musk, como qualquer americano, tem o direito de expressar as suas opiniões”.
“ZAP” // Lusa
Trump está um velho louco! Espero que o sistema político norte-americano mantenha algum bom-senso neste discurso completamente disparatado. Os EUA têm problemas para resolver, não precisam criar outros., apenas por caprichos interesseiros de um pateta infantil.