Cerca de oito milhões de exemplares da edição do semanário satírico francês Charlie Hebdo, publicada depois dos atentados em janeiro em Paris, foram distribuídos em todo o mundo, de acordo com o distribuidor da publicação.
Foram impressos 7.950 milhões de exemplares do número 1179 do Charlie Hebdo, o primeiro depois do ataque à sede da redação, que matou 12 pessoas, incluindo cinco caricaturistas, entre os quais o director do jornal Stéphane ‘Charb’ Charbonnier.
O ataque à sede do Charlie Hebdo ocorreu por volta do meio-dia de 7 de janeiro.
Dois homens armados, que se viria a apurar serem os radicais islamistas Said e Cherif Kouachi, entraram na sala da redação, onde a equipa estava reunida, e abriram fogo, matando 12 pessoas.
A tiragem final da edição foi revelada, um mês depois do ataque, pelo director da MLP, a distribuidora da publicação. Segundo o mesmo responsável, cerca de 760 mil dos exemplares impressos foram exportados para 25 países.
Em entrevista ao Journal du Dimanche, o responsável referiu que para evitar “a especulação”, será feito um balanço “para determinar a possibilidade de uma nova tiragem”.
Na terça-feira, o novo director do Charlie Hebdo, Eric Portheault, anunciou que o número de assinantes do semanário ultrapassou a barreira dos 200 mil.
Entretanto, Laurent Léger, um dos jornalistas do Charlie, revelou no seu twitter que o próximo número do jornal deverá estar nas bancas a 25 de fevereiro.
Enfin! Encore un peu de patience, mais @Charlie_Hebdo_ ressortira le 25 février. Rendez-vous donc dans tous les bons kiosques
— Laurent Léger (@laurent_leger) February 2, 2015
No início do mês, a redação do jornal satírico tinha confirmado que a equipa ia de férias por tempo indeterminado e não iria publicar o próximo número em fevereiro.
ZAP / Lusa