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Manu? “Deves chamar-me senhor presidente ou senhor”, respondeu Macron a um jovem

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Stephane Mahe / EPA

O presidente francês, Emmanuel Macron

“Tudo bem, Manu?”, perguntou um adolescente, durante uma cerimónia oficial de homenagem aos veteranos de guerra, em Paris. Macron não gostou e repreendeu o jovem pela sua linguagem informal.

Esta segunda-feira foi marcada por uma cerimónia em Paris, o 78º aniversário da chamada de resistência do General Charles de Gaulle, em Suresnes, perto de Paris, uma cerimónia oficial de homenagem aos veteranos de guerra.

Um dos adolescentes que assistia à comemoração dirigiu-se ao Emmanuel Macron, tratando-o por “Manu”, o diminutivo do primeiro nome do Presidente francês. Macron não gostou, e deu um “sermão” ao jovem.

“Não, não podes fazer isso. Estás numa cerimónia oficial, comporta-te como tal. Podes armar-te em parvo, mas hoje é a La Marseillaise (hino francês). Chama-me senhor presidente da República ou senhor, certo?”, respondeu.

“No dia em que fizeres uma revolução, obténs primeiro um diploma e aprendes a sustentar-te. Só depois darás lições aos outros”, concluiu o Presidente, saudando os jovens que participavam na cerimónia de homenagem aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, adianta o Observador.

Emmanuel Macron não se esqueceu da represália e falou sobre o sucedido no seu Twitter. Na rede social, o Presidente afirmou que “o respeito é o mínimo na República, especialmente no dia 18 de junho, na presença dos companheiros da libertação”.

Depois do sermão, o rapaz pediu desculpa ao Presidente francês. Esta não é a primeira vez que Macron é apanhado pelas câmaras a dar lições àqueles que o desafiam e o desrespeitam.

Durante a campanha presidencial, no ano passado, um trabalhador em greve acusou-o de ser um homem de fato e não passar disso. “A melhor maneira de conseguir pagar um fato é arranjar um emprego“, respondeu Macron.

ZAP // Reuters

7 Comments

  1. O Macron não podía estar mais coberto de razão. O crianço (porque se disser criança, é sexismo) foi parvinho de todo. Há momentos e momentos, para se armar em carapau de corrida.

  2. Não deixando estar coberto de razão pois estava numa cerimónia oficial, mais ainda com a carga simbólica em causa, quanto a mim deveria ter desvalorizado. Não ter sequer respondido teria sido melhor, e a “coisa” passava. É quase como o que aconteceu com o nosso ex-ministro Álvaro Santos Pereira : “chamem-me Álvaro”. Apesar de ser ministro, não deixou de ser Álvaro, não deixou ser ser competente, nem o foi mais ou menos pelo facto de ao nome se ter acrescentado Sr. Ministro. Na reportagem acima não é esclarecido sequer se o crianço em causa seria ou não conhecido do Presidente Macron. É a minha opinião.

  3. “No dia em que fizeres uma revolução, obténs primeiro um diploma e aprendes a sustentar-te. Só depois darás lições aos outros” – Ou seja, para um dia mais tarde poder dar lições aos outros, terá de ser diplomado… Não é possivel, na opinião desse individuo, que um “não diplomado”, possa ter moral e conhecimentos, para dar lições… Entre educação, e instrução há uma grande diferença! Efectivamente por uma questão de diferença de idades, devia tê-lo tratado de forma diferente, no entanto, não demonstrou qualquer indicio de desrespeito…
    Será que esse senhor participou de alguma revolução, ou é um politico “à portuguesa”?

    • Concordo. Se o jovem não esteve bem quando a tratou por Manu, ele n esteve melhor ao dizer” No dia em que fizeres uma revolução, obténs o primeiro diploma …. ” Por favor! É ridículo…não faz sentido.

  4. Esse jovem é o fruto de uma má educação que vem afectando a sociedade em geral onde a liberdade não tem tido limites e que no final acaba por se destruir a si própria!.

    • Talvez, mas convém separar a “educação” da “liberdade” e lá porque “antigamente” não haiva liberdade, não quer dizer que houvesse educação!…

  5. Compreendo todo o protocolo,acho na minha opinião que quem esteve pior foi Macron. Ele já criou filhos?ele já fez uma revolução?e aquele emprego dele é mais digno do que o emprego das outras pessoas? ele tem alguma lição de moral para dar?porque na minha opinião o que é dos outros tem dono não se mexe.

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