Desde o início do plano de reestruturação, a Caixa Geral de Depósito quadruplicou o montante pago aos trabalhadores em prémios, incentivos e recompensas por mérito.
No ano de 2020, o último ano do plano de reestruturação, os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) receberam 9,7 milhões de euros em prémios, incentivos e recompensas por mérito. Este valor é quatro vezes superior ao que foi pago pela instituição financeira há cinco anos, adianta o Jornal de Negócios esta terça-feira.
A CGD tem aumentado anualmente o valor dos prémios pagos aos trabalhadores. Em 2016, o montante rondava os 2,3 milhões de euros, subindo para 2,6 milhões em 2017 e para 7,2 milhões de euros em 2018. Em 2019, o banco pagou 12,1 milhões de euros em prémios, incentivos e recompensas por mérito.
A administração não entra nestes valores, que totalizam quase 34 milhões de euros no acumulado dos cinco anos, escreve o Negócios.
Em abril do ano passado, o CEO da Caixa, Paulo Macedo, abdicou do seu prémio e propôs o adiamento e redução dos prémios por causa da pandemia. Agora, este pagamento vai regressar. A CGD vai propor a distribuição de 85 milhões de euros relativos a 2020, depois de uma quebra de 37% nos lucros do banco estatal.
O número de promoções também aumentou significativamente. Enquanto em 2016 apenas foram promovidas 169 pessoas, em 2020 foram promovidos 1.060 trabalhadores. No mesmo sentido, o salário médio aumentou. Passou de 2.264 euros para 2.456 euros ao longo do mesmo período. A pensão média aumentou, por sua vez, 6,3%.
Os encargos passaram de 918,6 milhões para 614,4 milhões de euros em quatro anos do plano de reestruturação. Para isto contribuiu a diminuição do número de trabalhadores e agências.
A CGD apostou ainda na redução significativa de crédito malparado através da venda de carteiras de ativos tóxicos.
Embora alguns pontos do plano de reestruturação tenham ficado por cumprir – como a rentabilidade (ROE) e a margem financeira -, a expectativa é a de que o banco terá o “ok” de Bruxelas à conclusão do plano, escreve o Jornal de Negócios.
Um banco quase falido e toca a conceder prémios aos trabalhadores.
Quem paga isto: todos nós a partir de Maio com o aumento das Comissões.
O Governador do BP deve andar entretido a quere massacrar o o seu antecessor.