Cessar-fogo em Gaza, 15 meses e 46 mil mortes depois

Abir Sultan / EPA

Acordo de libertação de reféns foi aceite pelo Hamas e Israel esta quarta feira, após vários dias de incerteza.

Foi acordado esta quarta feira o cessar-fogo entre Israel e o grupo armado Hamas. O governo de Gaza pede, no entanto, que os cidadãos “não se desloquem antes do início oficial do cessar-fogo e para que obtenham informações sobre o momento do cessar-fogo junto de fontes oficiais”, de acordo com um comunicado partilhado pela CNN.

Agora, o Hamas e os seus grupos militantes aliados deverão libertar 33 reféns capturados a Israel durante os ataques de 7 de outubro de 2023. Em troca, centenas de prisioneiros palestinianos serão também libertados por Israel. A fase inicial do cessar-fogo, avança a Reuters, deverá durar seis semanas.

“O movimento lidou com este assunto com total responsabilidade e positividade, decorrente do seu dever para com o nosso povo firme e resistente na Faixa de Gaza, para parar a agressão sionista contra eles e pôr fim aos massacres e genocídio que estão a enfrentar”, lê-se num comunicado enviado pelo Hamas à CNN.

De acordo com a CNN, este acordo deverá permitir que os palestinianos que não vivem na faixa de Gaza possam deslocar-se até lá, e que possa ser enviada ajuda humanitária para a região.

A NBC aponta que o acordo chega após mais de 15 meses de que, segundo as autoridades sanitárias de Gaza, já mataram mais de 46.000 pessoas na faixa de Gaza.

Para além disso, este é também é o primeiro acordo a ser conseguido entre as duas partes, à exceção de um pequeno intervalo na guerra conseguido em novembro de 2023, momento em que existiu igualmente uma troca de reféns.

Até ao momento, nem o Hamas nem Israel comentaram o acordo, que, explica a Euronews, deverá ser aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e entrar em vigor nos próximos dias, numa zona onde, até há poucas horas, ainda se disparavam ataques.

ZAP //

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