CDS avança para despedimento colectivo

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José Sena Goulão / Lusa

O eurodeputado Nuno Melo, do CDS/PP

A crise financeira no CDS-PP após a perda de todos os deputados no Parlamento, obrigou o partido a avançar para o despedimento colectivo de, pelo menos, seis trabalhadores. Dois deles não chegaram a acordo e falam em “despedimento ilícito”.

Após não ter conseguido eleger qualquer deputado nas últimas legislativas, a penúria financeira obrigou o CDS-PP a partir para o despedimento colectivo de seis trabalhadores, como apurou o Eco.

Numa altura de reestruturação interna, o partido comunicou esta intenção de despedimento aos trabalhadores visados no passado dia 12 de Maio, com a justificação da “perda total da representação parlamentar na Assembleia da República”, como cita a mesma publicação.

O partido não confirma, salientando, em nota ao Eco, que “não comenta questões internas na comunicação social”.

“O despedimento é ilícito”

Mas um dos funcionários visados pelo despedimento, António Miguel Lopes, comenta o caso no jornal online, lamentando os “contornos pouco simpáticos e humanistas” do despedimento.

Este militante do CDS há 36 anos e a trabalhar no partido desde 1998 relata ao Eco que, no passado dia 28 de Outubro, avançou com uma acção judicial no Tribunal do Trabalho, em conjunto com Alexandra Uva, também funcionária do CDS há 10 anos e alvo do despedimento.

Estes dois trabalhadores despedidos alegam que o partido lhes apresentou propostas de rescisão “sempre abaixo do que é legalmente aceitável”. Entre os seis funcionários, alguns acabaram por chegar a um acordo com o CDS, mas não foi o caso de António Miguel Lopes, nem de Alexandra Uva.

“Não quero prejudicar o partido, mas obviamente que têm que me pagar o que está na lei. O despedimento é ilícito. No meu caso, nem sequer me pagaram qualquer compensação, simplesmente disseram que estava despedido”, lamenta António Miguel Lopes ao Eco.

“Enquanto a Alexandra recebeu uma indemnização e depois a devolveu porque os valores não estavam correctos, no meu caso não recebi qualquer indemnização“, acrescenta este funcionário.

ZAP //

3 Comments

  1. São muitos católicos… tudo gente de bem!…

    Já o presidente do CDS tem os bolsos bem recheados de andar a parasitar por Bruxelas!…

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