O tufão Haishen veio mesmo para ficar. Depois do Japão, passou pela na Coreia do Sul e já fez estragos que podem-se mostrar avultados. Desde a danificação de prédios, inundação de estradas e cortes na energia em milhares de habitações, o cenário foi caótico.
Este foi o terceiro tufão a atingir o país em poucas semanas, e a agência meteorológica diz que deverá ser classificado como tempestade tropical em 24 horas, refere o Observador.
Depois de ter atingido as ilhas no sul do Japão, o tufão Haishen já tinha dado sinais que poderia marcar presença em outros locais. A Administração Meteorológica da Coreia antecipou-se e foi deixando alertas à população, que começou a sentir ventos fortes e chuva torrenciais, que acabaram por atingir a cidade portuária de Ulsan.
As consequências do tufão já se fazem sentir em todo o país. Alguns automóveis tiveram dificuldade em circular nas estradas inundadas em Ulsan e outras cidades costeiras, como Busan, Sokcho e Gangneung.
Também os transportes aéreos foram afetados. Pelo menos 318 voos para a província insular de Jeju foram cancelados. Algumas pontes e secções de ferrovia foram fechadas, e milhares de barcos de pesca e outro tipo de embarcações foram enviados para um local considerado mais seguro.
Segundo o Observador, as autoridades locais retiraram mais de 1600 habitantes das regiões afetadas, e durante a manhã de hoje já conseguiram repor o abastecimento de energia a mais de 11 mil das 17620 famílias que perderam eletricidade na sequencia do tufão Haishen.
No Japão os estragos foram maiores. De acordo com o balanço provisório registou-se pelo menos um morto, quatro pessoas estão desaparecidas e 84 sofreram ferimentos ligeiros. Esta manhã, no país, ainda meio milhão de casas estavam sem energia, de acordo com a emissora pública NHK.
Porém, parece que o tufão vai continuar a causar estragos. As autoridades esperam que a tempestade chegue no final do dia de hoje à região nordeste da Coreia do Norte, que foi atingida pelo tufão Maysak na semana passada.
Esta situação imprevisível não vem na melhor altura, pois a uma economia do país já se encontra muito devastada pelas sanções implementadas pelos Estados Unidos, pelo encerramento da fronteira devido à pandemia do novo coronavírus, e pela escassez alimentar que se instala no país, o que acabou por levar o líder norte-coreano, Kim Jong-un a tomar medidas mais drásticas.
Segundo a imprensa estatal, o líder da Coreia do Norte, visitou áreas atingidas por tufões, demitiu um alto funcionário regional e prometeu enviar 12 mil trabalhadores da capital, Pyongyang, para ajudar nos esforços de recuperação.
O tufão Maysak causou estragos avultados no país, pois destruiu mais de mil casas, inundou edifícios públicos e explorações agrícolas que garantem a subsistência autónoma de muitos habitantes locais, refere o Observador.
O tufão Haishen, que significa “deus do mar” em chinês, parece ter vindo para ficar — e promete mais estragos nas próximas horas.
ZAP // Observador