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Centeno anunciou excedente de 400 milhões. Para que servem, pergunta Catarina

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda questionou esta quinta-feira se os excedentes das administrações públicas conhecidos servem para fazer um número de campanha eleitoral, considerando que o país precisa deste dinheiro para investir em áreas essenciais.

O excedente das administrações públicas fixou-se em 402 milhões de euros até agosto, uma melhoria de 982 milhões de euros face a 2018, com a receita a crescer 4,6%, informou esta quinta-feira o Ministério das Finanças num comunicado que antecede a publicação da síntese de execução orçamental. A melhoria do saldo é explicada por um crescimento da receita de 4,6% e da despesa de 2,7%.

“É muito difícil explicar como é que não se faz o investimento que está previsto quando há tantas áreas do país a precisar desse investimento – saúde, transportes, educação – e depois o país tem excedentes. Mas para que queremos os excedentes? para fazer um número de campanha eleitoral?”, questionou Catarina Martins.

O “país precisa é de investimento no que é essencial”, ou seja, “saúde, transportes, educação”, insistiu a líder do BE, uma vez que são estes setores que servem “toda a população e aquilo que toda a população espera que o país seja capaz de fornecer em qualidade e em todo o território”.

“O Bloco de Esquerda já tinha chamado à atenção para o facto de não estarmos a utilizar o investimento que está disponível e que tem cabimento no Orçamento do Estado que nós aprovámos. Eu lembro, por exemplo, que entre o Orçamento do Estado e o programa de estabilidade que Mário Centeno apresentou mais tarde à Comissão Europeia, desapareceram 1500 milhões de euros de investimento”, recordou.

Para Catarina Martins “não é justo, não é equilibrado que um país tenha excedentes orçamentais e que o seu Serviço Nacional de Saúde tenha falta de investimento”.

“Um país com contas certas é um país que é capaz de promover a saúde, é um país que é capaz de promover a saúde, é um país que é capaz de fazer o investimento que é necessário no SNS, nos cuidados primários, para que toda a gente tenha acesso à saúde”.

Citada pelo jornal Público, Catarina Martins insistiu: o excedente esta quinta-feira anunciado é a prova de que “pode e deve investir mais onde é essencial”.

ZAP // Lusa

 

7 Comments

    • se calhar uma parte podia ser dada a essa catrina para ter mais formação geral é impressionante que nem sabe para que serve a agua das barragens é duma incompetência … que nem emprego tem no teatro e vem para a politica fazer palhaçadas assim perde toda a credibilidade …

  1. Ou então são só números para “abrilhantar” a campanha eleitoral.

    O comum cidadão não pode verificar que seja verdade. pelo contrário faz a pergunta fatídica: se há dinheiro, porque não se vê aplicado? Irá para a algum bolso, desculpem, investimento secreto?

  2. Para servem? Tu não sabes? O que é que tens andado a fazer junta com essa corja da geringonça? Ou andas lá só para o que te convém? Mete-te pelo chão abaixo sua sem vergonha!!! Desaparece!!

  3. São esses que faltam no SNS e outros, com a prática das cativações e que todos nós estamos a pagar com as dificuldades e atrasos que encontramos no dia a dia!.

    • Mais 400 milhões que nem contavam e tanta míngua por esse Portugal fora, em serviços do Estado, sobretudos nos hospitais. Este Centeno devia ser é levado à justiça. Já aos professores roubaram-lhes sete anos do seu tempo de serviço, porque diziam que não tinham dinheiro. Se calhar este trauliteiro está a guardar estes milhões para qualquer dia oferecer aos bancos, de mão beijada. Portugueses, por favor, o vosso voto merece mais respeito.

  4. O desempenho deste Centeno é medíocre, face às metas económicas do Governo que ficaram por alcançar e até a “dívida não cai, em valor nominal” e tem agravado as desigualdades com os impostos indiretos.
    Centeno tem sido e é um “total embuste” e uma grande encenação que visa ludibriar os portugueses. Um ministro das Finanças que impõe as cativações que distorcem, na prática, o orçamento aprovado no Parlamento e resultam em indisfarçável degradação dos serviços públicos e das infraestruturas estratégicas do País. O SNS está em queda total, por míngua no investimento, que faz recuar o país aos anos iniciais da democracia. Melhor prova, são as imagens das gigantescas filas de espera nas Finanças, na Segurança Social ou nos hospitais. Os comboios, alguns até largam motores nas linhas, as viaturas das polícias e ambulâncias do INEM, continuam à espera de vez para reparação, os hospitais prometidos, estão em águas de bacalhau, os pedidos de reformas são retidos para além de dois anos. Este indivíduo é um total embuste. A sua prestação “tem sido frouxa e dececionante” também em domínios como a união bancária ou capacidade orçamental da zona euro. O governar, para sujeito, é só números. Trata-se de um camafeu que revela uma total falta de escrúpulos, de dignidade e de honestidade intelectual e política.

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